O espectador que vai ao evento pelo jogo e sofre com as emoções de dentro de campo ou quadra, sabe exatamente a escalação do seu time de coração e toda a sua atenção fica voltada para os acontecimentos de dentro das 4 linhas.
Também existe um outro tipo de público que é muito importante e numeroso. É o espectador que vai ao evento pelo social, quer ver os amigos, levar a família, levar um cliente, fechar negócios, ou seja, ele é atraído ao evento pela sua atmosfera mas não fica muito preocupado com o que acontece dentro da 4 linhas, para ele o interessante é o social. Vou chamar esse espectador de consumidor social.
O consumidor social é muito importante porque é um torcedor que consome mais, para o seu carro no estacionamento, compra souvenir do time, almoça ou janta no restaurante do estádio, paga um valor mais alto para ter um tratamento superior e exclusivo, compra os ingressos ou carnês com antecedência, etc.
É muito comum confundirmos o consumidor social com o frequentador de camarotes, mas isso é incorreto. Os dois públicos são completamente diferentes. Camarotes na maioria das vezes pertencem a uma empresa e a parte social só existe entre os membros e clientes de uma determinada empresa dentro do seu camarote.
O consumidor social busca assentos corporativos, com uma qualidade superior, acolchoados e com braços. Fundamental também para agradar essa classe de consumidor é a presença de um bom restaurante, estacionamento, banheiros, bares e entradas exclusivas e uma área comum onde ele possa encontrar os amigos e clientes.
Essa classe de consumidor é quase que ignorada em todas as arenas e estádios do país, muitos estádios possuem até locais diferenciados, mas não têm restaurantes, áreas comuns, serviços diferenciados, etc, etc, etc.
Porque estou falando isso tudo? Como os prórpios gestores dos principais estádios e arenas do mundo afirmam que grande parte das receitas do dia do jogo vêm dos consumidores sociais, o fato desse tipo de consumidor ser ignorado no Brasil, significa dizer que os clubes deixam de faturar milhões em todos os jogos. Esse dinheiro desperdiçado seguramente seria suficiente para contratar grandes jogadores e manter por mais tempo os jovens talentos no país.
Assentos corporativos na Commerzbank Arena.
Assento no estádio José Alvalade, cada torcedor tem o seu nome gravado.
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