31/10/2011

NA ÁSIA

Como conquistar novos torcedores longe do seu território? Quem sabe responder essa pergunta como ninguém é o Manchester United, a começar pelo fato de que a diretoria do time inglês encara que eles não têm torcedores e sim consumidores, sejam estes de perto ou de longe do seu território.

Em recente viagem a Hong Kong pude constatar a força dessa marca global que o Manchester conseguiu criar. Em todas as lojas de esporte do país pode se encontrar camisas e artigos do clube, também é muito comum ver pessoas andando com a camisa do time pelas ruas. Consegui assistir até uma autêntica pelada entre Manchester United e seleção da Espanha, válido por algum campeonato amador local.

Claro que o sucesso do clube inglês na região não é serviço do acaso, tudo é fruto de uma excelente estratégia de marketing, planejamento e muito trabalho do United em conjunto com a própria liga inglesa, a Premier League, que têm diversos canais de TV na região.

Para conquistar e fidelizar "consumidores" o Manchester United conta com um Restaurante temático no centro de Hong Kong, decorado com fotos e videos que contam a história do clube. No local, fãs de futebol podem beber cerveja, saborear pratos temáticos com nomes de personagens do clube inglês e comprar os mais variados produtos oficiais com a marca do United.

Sabendo que muito desses consumidores nunca irão a um jogo no estádio Old Trafford, no Restaurante é criado uma atmosfera quase que de um jogo ao vivo nos dias de transmissão dos embates do Manchester. O nível de preocupação com os detalhes é tanta que para não peder nenhum minuto dos jogos até nos mictórios estão insladados telas de TV.

Desta forma o Manchester United vai fortalecendo a sua marca no país e fatura milhões todos os anos com a venda de produtos e um mercado muito populoso e com um poder aquisitivo elevado.
Pelada no centro de Hong Kong, entre "Manchester United" e "Espanha".
Leia Mais ►

27/10/2011

UM POUCO MAIS CARO, MAS É MUITO MELHOR

Assistir um jogo de Rugby na Irlanda, entre a seleção local e a da África do Sul, no Aviva Stadium já é um grande programa, mas como tudo que está bom ainda pode melhorar, vejam no vídeo abaixo a verdadeira hospitalidade dos estádios europeus.

Acompanhar a partida em uma área de hospitalidade, faz parte de uma inesquecível e diferenciada experência de ir a um estádio. Experiência que pode contar com  estacionamento com manobristas, jantar requintado, champagne, show musical, belas recepcionistas, sistema de rádio exclusivo para acompanhar o jogo, ter a oportunidade de falar com os craques e técnicos logo após o jogo e muito mais. Tudo isso cercado de muito  conforto e bom gosto. Além de uma grande experiência esses espaços também são locais ideais para empresas estreitarem seus relacionamentos com clientes e fecharem grandes negócios.

Pacotes de Hospitalidade oferecidos no velho continente são muito diferentes dos conhecidos camarotes dos estádios daqui, com seus serviços básicos de buffet e um pouco de conforto. O serviço oferecido na Europa justifica a cobrança de um ingresso muito mais caro e é uma das principais fontes de receitas dos estádios nos dias de jogos. O segredo é oferecer muito mais por um preço mais elevado, aumentando assim o faturamento com um público qualificado.

Aqui no Brasil certamente também teríamos público para esse tipo de serviço, mas infelizmente ainda é muito escassa a oferta de serviços de qualidade nas nossas praças esportivas.

Já falei um pouco mais sobre esses espaços e públicos no post: SOCIAL


Leia Mais ►

24/10/2011

A COPA DO MUNDO É NOSSA.

É evidendente que houve uma pequena frustação, em alguns estados, em relação aos seus papéis na Copa 2014. No Rio Grande Sul (até oitavas de final) e Curitiba (só primeira fase) por terem ficado de fora das principais fases da Copa e no Rio de Janeiro por somente receber a Seleção Brasileira caso ela chegue a grande final. Por mais apaixonados que sejamos por futebol é sempre bom lembrar que a Copa é muito mais do que simples jogos de futebol, muito mais importante do que tudo isso é o legado que esta deixa para o povo brasileiro, para sempre.

Investir em estádios de futebol no nosso país era mais que necessário, nossos estádios eram velhos, desconfortáveis, inseguros, colocavam vidas em risco e eram totalmente obsoletos aos modernos padrões de qualidade internacional. O tamanho do descaso com o torcedor brasileiro, sem grandes investimento por decadas, por si só já justifica os valores e os tamanhos das reformas necessárias para a Copa 2014.

Muitos estádios precisaram ser demolidos e outros reconstruidos em quase a sua totalidade para se adquarem as exigências internacionais. Sim, apenas exigências de padrão internacional, pois a FIFA não exige nada além do que se é praticado nos lugares onde realmente se respeita e se preocupam com a segurança dos torcedores.

Infelizmente no nosso país as reformas de estádios só aconteceram após uma grande tragédia ou para se prepararem para um grande evento, mas isso não é uma caracteristica exclusiva nossa. Já escrevi sobre isso em relação a Itália no post: OS MESMOS PROBLEMAS e até mesmo na Inglaterra não foi diferente, lá as mudanças nos estádios foram motivadas pela Tragédia de Hillsborough, onde 96 pessoas morreram pisoteadas e esmagadas devido a superlotação.

Desta forma vejo a Copa 2014 como um grande fator de transformação que mudará a maneira de como o torcedor Brasileiro passará a ser respeitado e onde, sem dúvida, a segurança passará a ser um tema realmente relevante na gestão de estádios e de arenas do país. Os jogos passarão mas o legado ficará.
Leia Mais ►

20/10/2011

TOTÓ DE LUXO

Conhecido como pebolim, pimbolim, totó ou até mesmo Fla-Flu (Rio Grande do Sul), o bom e velho futebol de mesa ganhou uma versão de luxo inspirada nos modernos estádios.

As mesas de luxo não saem por menos de 48.500 Euros e podem ser adquiridas pela internet.



Leia Mais ►

19/10/2011

DENTRO DE CASA

Já pensou em morar, literalmente, dentro de um estádio de futebol? Não estou falando de nenhum desses estádios modernos com empreendimento imobilário anexo ao campo de jogo. O cenário inusitado é encontrado em Cachoeiro de Itapemirim - ES, no estádio Mário Monterio popularmente conehcido como Sumaré, a casa do Estrela do Norte FC.



Leia Mais ►

17/10/2011

MODELO FRACASSADO

Muitas pessoas me perguntam qual é a maior diferença entre os estádios brasileiros e europeus, e a resposta que dou é sempre a mesma: apesar das diferenças tecnólogicas, do conforto, da segurança, das lojas e lanchonetes, dos assentos corporativos, das áreas VIPs e do respeito aos frequentadores, na minha opinião a maior diferença é o modelo de gestão.

A maneira profissional como os estádios são administrados na Europa é que faz toda a diferença. Um estádio é uma unidade de negócios idependente e precisa ser gerida como tal. São necessários profissionais especializados que pensem única e exclusivamente o estádio em sí, buscando sempre meios de melhorar a experiência do consumidor, formas de maximizar os lucros, etc. Se administrado de forma eficiente um estádio é capaz de gerar grandes receitas para os clubes proprietários.

Diferentemente da Europa, aqui no Brasil é comum vermos as mesmas pessoas que administram o clube também responsáveis pela gestão do estádio. Essa maneira de gestão comprovadamente não é eficiente. Futebol, clube social e estádio são três áreas completamente diferentes e independentes. Não tem cabimento o Vice Presidente de Património do clube, ser responsável pela piscina do sócio, pelo alojamento dos jogadores e ainda pelo gramado, cadeiras, camarotes, iluminação, roletas, segurança, etc. Para piorar, na maioria das vezes, esse Vice Presidente é amador, ou seja, não recebe por tais atribuições no clube e ainda tem que ter outras atividades profissionais paralelas para o seu sustento. Esse modelo de gestão fadado ao fracasso se repete em outros departamentos vitais na gestão do estádio, marketing, financeiro, recursos humanos, administrativo...

Com a construção de novos e modernos estádios,no país, a ineficiência do antigo modelo de gestão vai ficar ainda mais evidente. Os novos equipamentos esportivos serão muitos mais complexos de serem geridos e terão o custo de manutenção muito mais alto do que nos atuais estádios. Portanto se não houver uma administração porfissional, capacitada e eficiente o sonho de novas receitas para o clube pode se tornar um pesadelo de mais dívidas.

Concluo afirmando mais uma vez que capacitar novos gestores é preciso. De nada adianta um estádio lindo, moderno, seguro, confortável e acessível se os clubes não souberem tirar proveito de tudo que ele pode oferecer.

Quem quiser saber mais de gestão profissional de entidades esportivas indico  a leitura do site e a participação no bom curso do meu amigo João Henrique Areias. www.cursodemarketingesportivo.com
Leia Mais ►

13/10/2011

MEIA O QUE?

Lendo o texto (Meia entrada e “Soberania Nacional”) do Emerson Golçalves, autor do blog Olhar Crônico Esportivo, aflorou o meu lado internacionalista e lembrei, meio saudosista, dos bons tempos na faculdade de Relações Internacionais, onde o tema de Soberania Nacional era usado para justificar ações de intevernções da ONU ou de um país sobre o outro, questões de ordem mundial, guerras e outros temas muito mais relevantes no cenário mundial.

Muita gente boa tem invocado a inconstitucionalidade e a soberania para arfirmar que ninguém pode vir de fora e modificar as nossas leis. Então vamos aos fatos: 

Primeiro, ninguém está vindo de fora mudar nada, a FIFA está simplismente querendo que se cumpra o que foi acordado no momento da assinatura do contrato que dava o Brasil o direito de sediar a Copa 2014. O Brasil devia ter se manisfestado naquela ocasião.

Segundo, as leis estaduais da meia-entrada são mais um desses absurdos que ninguém contesta. Como é que em um jogo de futebol chegamos a ter de 80% a 90% de ingressos vendidos nessa categoria? Será que o Brasil é país com maior número de estudantes do mundo? Com uma quantidade de tão grande de ingressos vendidos pela metade do preço é natural que os produtores de eventos majorem o preço do ingresso, contanto com o "custo da meia-entrada". Dessa forma, mais uma vez quem paga o pato é o cidadão honesto que trabalha para pagar seus impostos e não tem uma "carteirinha de estudante" e é obrigado a pagar mais pela sua honestidade.

Terceiro, não de hoje que os governos concedem concessões em leis em ocasiões especiais. Qual é a difrença em entre a não aceitar a meia-entrada na Copa do Mundo e uma redução de impostos e diversas vantagens que são feitas para trazer uma grande fábrica para o país? Impostos não são criados por meio de leis aprovadas pelos governantes? Um dos maiores eventos do mundo não é um acontecimento especial importante para o Brasil?

Já que esse tema veio a tona, penso que é a hora debatermos a real eficência da Lei da Meia-Entrada. Será que a lei está cumprindo o seu objetivo de propocionar cultura a estudantes, contribuindo para a formação da juventude Brasileira?
Leia Mais ►

11/10/2011

ORGULHO NO PEITO

Depois do Real Madrid, na temporada 09/10, homenagear o seu estádio (Santiago Bernabéu) na camisa oficial, chegou a vez do clube alemão Borussia Dortmund fazer o mesmo tipo de homenagem.

O estádio Signal Iduana Park é um motivo de enorme orgulho para a torcida do Borussia, que detém a melhor média de público do Campeonato Alemão, portanto a diretoria do clube resolveu lançar uma camisa especial com esse orgulho estampado no peito.



Veja também um vídeo explicativo da camisa do Real Madrid da temporada 2009/2010.



Leia Mais ►

10/10/2011

PARQUE OLÍMPICO RIO 2016

No mês passado a cidade do Rio de Janeiro anunciou o desenho vencedor do Parque Olímpico Rio 2016, o coração da Olimpíadas. O projeto vitorioso foi desenhado por um consórcio liderado pelo escritório inglês AECOM, também responsável pelo desenho do plano geral e urbanístico do Parque Olímpico Londres 2012.

O vídeo mostra como ficará o Parque durante as Olímpiadas e quais transformações posteriores serão feitas para deixar um legado durador para a cidade.

Leia Mais ►

06/10/2011

ARRETADO

Aí vai mais um vídeo em 3D de um estádio da Copa 2014. Agora é a vez da Arena Castelão, em Fortaleza. Além de um estádio lindo o Ceará também deve orgulhar-se de ter a obra de estádio mais adiantada para a próxima Copa.

Leia Mais ►

04/10/2011

ESTÁDIOS QUE FALAM

O time argentino do Boca Jrs. vinha de uma série de maus resultados nas temporadas anteriores e estava inciando os preparativos para um novo campeonato. Pela primeira vez iria jogar o campeonato argentino sem o seu maior rival, River Plate, que acabava de ser rebaixado para a segunda divisão. Muitos torcedores estavam felizes com a desgraça do rival, mas parece que o mítico estádio do clube, Bomboneira, não.

Em um campanha comercial muito bem feita pela Nike, o estádio dá o seu recado aos jogadores no primeiro treino da pré-temporada. Os atletas incrédulos ouvem atentamente o recado.


Depois da Bombonera foi a vez do estádio do Beira Rio falar com o jogadores do Internacional antes da final da Recopa.


Parece que os jogadores absorvem bem os recados dos estádios. O Boca Jrs. é o líder do campeonato aregentino e o Internacional foi campeão da Recopa.

Leia Mais ►

03/10/2011

LIÇÕES DO ROCK IN RIO

Acabou o Rock In Rio e para muitos o festival vai deixar saudades. Vocês devem estar se perguntando o que um festival de música tem a ver com estádios e arenas. Pois bem, vou falar sobre a expêriencia do consumidor que apesar de se tratarem de eventos distintos (música e esporte), estão relacionados em muitos pontos um com outro.

De nada adianta a música ser boa, os artistas serem gabaritados se toda a expêriencia não valer a pena. A preocupação dos promotores do evento deve ser total, desde a compra dos ingressos até a volta para casa após o evento. Tudo que ocorre nesse intervalo tem que ser pensado e planejado para tornar a experência do consumidor em algo insquecivel, que valha a pena, só assim  ele vai retornar ao evento e principalmente indicar aos amigos.

Problemas com o transporte público, roubos no interior e no entorno, dificuldades na compra de ingressos, filas nas lanchonetes, brigas, limpeza dos banheiros, entre outros itens, são sim de responsabilidade dos promotores dos eventos. É muito fácil colocar culpa nas autoridades públicas ou em empresas terceirizadas para justificar uma tremenda falta de planejamento e um grande descaso com o consumidor.

O que fica de lição com o Rock In Rio que acaba de terminar, é que apesar dos erros e dos problemas a organização do evento sempre procurou uma solução para os mesmos, visando oferecer uma melhor expêriencia e conforto. Existia sempre uma vontade de cooperação entre o setor privado e o público ao invés de um colocar a culpa no outro. Apesar de ser um festival de músicas, foram criadas diversas outras atrações para entreter o público. Em momento algum os organizadores se omitiram de vir a público para reconhcer as falhas e propor soluções. Os patrocinadores também deram um show de ativação de marketing com promoções e brindes.

Outro ponto muito importante a ressaltar é que toda a segurança de dentro do evento era privada,  mesmo após ocorrências de furtos no interior do evento no primeiro dia, a polícia militar continuou fazendo o seu papel no lado de fora.  Existia uma equipe de profissionais somente pensando na segurança do público e trabalhando previamente para que tudo desse certo.

Claro que nem tudo foram flores e muita coisa pode melhorar paras as futuras edições, mas é muito gratificante saber que a organização está atenta pensando no consumidor. O nível de preocupação é tão grande, que foi contratada uma pesquisa para saber a opinião do público sobre diversos pontos do festival.

O sucesso do evento também pode ser medido pela quantidade de patrocinadores e apoios já fechados para a próxima edição daqui 2 anos.

Agora é esperar pelo próximo Rock In Rio em 2013, torcer que nossos dirigentes esportivos aprendam um pouco com as lições deixadas e  tentem melhorar, daqui para a frente, a experência de ir a um estádio de futebol que hoje, em muitas praças, é uma aventura muito desagradável.

Leia Mais ►