03/10/2011

LIÇÕES DO ROCK IN RIO

Acabou o Rock In Rio e para muitos o festival vai deixar saudades. Vocês devem estar se perguntando o que um festival de música tem a ver com estádios e arenas. Pois bem, vou falar sobre a expêriencia do consumidor que apesar de se tratarem de eventos distintos (música e esporte), estão relacionados em muitos pontos um com outro.

De nada adianta a música ser boa, os artistas serem gabaritados se toda a expêriencia não valer a pena. A preocupação dos promotores do evento deve ser total, desde a compra dos ingressos até a volta para casa após o evento. Tudo que ocorre nesse intervalo tem que ser pensado e planejado para tornar a experência do consumidor em algo insquecivel, que valha a pena, só assim  ele vai retornar ao evento e principalmente indicar aos amigos.

Problemas com o transporte público, roubos no interior e no entorno, dificuldades na compra de ingressos, filas nas lanchonetes, brigas, limpeza dos banheiros, entre outros itens, são sim de responsabilidade dos promotores dos eventos. É muito fácil colocar culpa nas autoridades públicas ou em empresas terceirizadas para justificar uma tremenda falta de planejamento e um grande descaso com o consumidor.

O que fica de lição com o Rock In Rio que acaba de terminar, é que apesar dos erros e dos problemas a organização do evento sempre procurou uma solução para os mesmos, visando oferecer uma melhor expêriencia e conforto. Existia sempre uma vontade de cooperação entre o setor privado e o público ao invés de um colocar a culpa no outro. Apesar de ser um festival de músicas, foram criadas diversas outras atrações para entreter o público. Em momento algum os organizadores se omitiram de vir a público para reconhcer as falhas e propor soluções. Os patrocinadores também deram um show de ativação de marketing com promoções e brindes.

Outro ponto muito importante a ressaltar é que toda a segurança de dentro do evento era privada,  mesmo após ocorrências de furtos no interior do evento no primeiro dia, a polícia militar continuou fazendo o seu papel no lado de fora.  Existia uma equipe de profissionais somente pensando na segurança do público e trabalhando previamente para que tudo desse certo.

Claro que nem tudo foram flores e muita coisa pode melhorar paras as futuras edições, mas é muito gratificante saber que a organização está atenta pensando no consumidor. O nível de preocupação é tão grande, que foi contratada uma pesquisa para saber a opinião do público sobre diversos pontos do festival.

O sucesso do evento também pode ser medido pela quantidade de patrocinadores e apoios já fechados para a próxima edição daqui 2 anos.

Agora é esperar pelo próximo Rock In Rio em 2013, torcer que nossos dirigentes esportivos aprendam um pouco com as lições deixadas e  tentem melhorar, daqui para a frente, a experência de ir a um estádio de futebol que hoje, em muitas praças, é uma aventura muito desagradável.

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