30/11/2012

QUANDO A ARENA TAMBÉM É UM SHOW



A maioria dos apaixonados pelo tema gestão de estádios conhece, e é fã, do Emirates Stadium, localizado na Inglaterra, tido como um dos melhores do mundo.

 Não satisfeita em associar seu nome a este belo empreendimento, a empresa de aviação Emirates decidiu investir mais uma vez na estratégia de assumir o Naming Rights de uma instalação esportiva. Desta vez a escolha se deu pela Emirates Arena, inaugurada há pouco mais de 1 mês, na cidade de Glasgow, na Escócia.

Emirates Arena inaugurada no dia 5 de outubro
 A arena multiuso, que já é apontada como uma das mais modernas e eficientes do mundo reúne todas as qualidades que uma estrutura deste porte se propõe. Além disso, os moradores da região podem se associar a Emirates Arena para utilizar alguns serviços que a mesma disponibiliza, como um spa e academia, com vista privilegiada da área de competição.

Planejada de forma a valorizar a área central, a mesma pode ser adaptada para receber diversas modalidades esportivas, tendo capacidade para receber até 6.5000 torcedores. O espaço também conta com uma estrutura preparada para receber competições de atletismo, com até 6 raias de 200m de reta principal. Além disso, os atletas tem a sua disposição uma pista de aquecimento com mais de 100m e área para competições de salto em distância.

O primeiro velódromo indoor da Escócia
A arena quando transformada em velódromo, que foi desenvolvido pelo conceituado designer Ralph Schuermann, passa a ter capacidade para receber até 2 mil espectadores sentados. A pista, que já é apontada como uma das melhores do circuito europeu, foi construída com pinho siberiano e oferece todas as condições para que novos recordes sejam alcançados ali.   

O fator esportivo também está sendo bastante valorizado com a chegada da nova arena, já que este é o primeiro velódromo indoor da Escócia e a partir de agora os atletas deste país poderão treinar durante todo o ano para as competições que estão planejadas e o surgimento de novos talentos já é dado como certo.

O Glasgow Rockets mandará suas partidas na arena
 A Emirates Arenas, que foi erguida por um valor de £ 113 milhões, já tem diversos eventos planejados para serem sediados ali, como o Commonwealth Games e os Jogos Internacionais de Glasgow. Além disso, o local se tornou a casa do Glasgow Wildcats, equipe de Netball, e do Glasgow Rocks (Basquete), que inclusive transferiu seu escritório para a nova arena, que conta com uma quadra anexa capaz de sediar partidas com aproximadamente 1.000 torcedores. Este local também está apto para receber 12 quadras de badminton simultaneamente. 

O empreendimento, que já é considerado um sucesso, emprega atualmente 175 profissionais diretamente e irá aquecer a economia da região onde está sediada. 

* Por Rodrigo Calvoso
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29/11/2012

Poolball


Já imaginou um jogo misturando sinuca e futebol? Pois bem, isto já existe, foi criado pela Budweiser na Argentina e apresentaremos esse esporte muito divertido neste post.

O jogo consiste em uma mesa de sinuca adaptada com 7x3 m no qual o jogador pratica o esporte com os pés com uma bola de futebol. Isto nada mais é do que uma bela ativação da marca no país, que foi transmitida ao vivo pelos canais ESPN e FOX SPORTS Argentina.

Certamente este tipo de iniciativa teria muito sucesso também aqui no Brasil, e, poderia ser implementada inclusive em momentos que antecedem uma partida de futebol, fazendo parte de uma grande ativação de patrocínio.

Vale a pena destacar que os benefícios de ações como esta atingem a todos os envolvidos. Sendo bem trabalhadas, as marcas responsáveis pelo evento terão uma grande exposição na mídia, tendo em vista a carência de atividades de entretenimento em arenas hoje em dia no Brasil. Os torcedores, tanto os participantes da ação quanto os espectadores com certeza terão diversos momentos de distração e lazer, sem falar no retorno financeiro que será alcançado tanto para patrocinador como para os clubes envolvidos. 

Abaixo segue vídeo ilustrando a campanha, mas vale ressaltar que botando a cabeça para funcionar existem milhões de ações como estas que podem ser desenvolvidas.

*Por Mario Bini


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27/11/2012

PUBLICIDADE X TORCEDOR


Com a profissionalização cada vez maior nos esportes e a necessidade de aumentar o rendimento dos estádios, a procura por espaços publicitários torna-se uma necessidade ainda mais importante no dia a dia desses locais.

Ação criativa na Alemanha 
A criatividade, como de costume, ganha destaque e sempre surpreende positivamente quando empregada de forma inteligente e integrada ao evento que ali acontece. Um dos exemplos clássicos desse assunto foi utilizado na Alemanha, quando a empresa Pattex pretendia divulgar uma cola vendida como super potente. A mesma foi aplicada no espaço publicitário e conforme a partida ia acontecendo, as bolas chutadas para fora acabavam ficando grudadas sob a marca do patrocinador. 

Porém foi-se o tempo onde as placas estáticas eram as grandes opções para a divulgação nos estádios. Atualmente as arenas podem exibir telões de led, testeiras eletrônicas, monitores internos, entre outras variadas oportunidades que podem render bons frutos para quem investe. 

Erro de digitação compromete a ação
Também é verdade que toda essa nova estrutura gera responsabilidade de quem gerencia essas ferramentas, pois uma ação equivocada pode gerar inconveniente tanto para o cliente que vai à arena assistir ao evento como ao próprio patrocinador. Um exemplo de publicidade mal gerida aconteceu na Inglaterra, quando devido a um erro de digitação do programador, o endereço do site a ser divulgado apareceu de forma equivocada e certamente o retorno do investimento naquele espaço foi comprometido. 

Devido a presença de peça publicitária o torcedor
não enxerga a linha de fundo do campo
 O posicionamento das placas também deve receber atenção redobrada por parte daqueles que trabalham nesses projetos. É muito comum que os clientes instalados nas primeiras fileiras tenham a visão do campo comprometida devido a presença dessas peças. No Estádio Peter Mokaba, na África do Sul, graças a esse equívoco, algumas fileiras de cadeiras tiveram que ser interditadas, já que era praticamente impossível assistir as partidas daqueles locais. Será que valeu a pena para essa arena receber o valor dessa propriedade, tendo em vista que centenas de visitantes deixaram de comparecer ao estádio? Certamente não, pois além de deixar de ganhar com a venda desses ingressos, a imagem institucional da praça esportiva pode ter sido atingida pela medida. 

Cadeiras interditadas por terem a visão
prejudicada pelas placas publicitárias

Gerar receitas oriundas de ações publicitárias é fundamental, porém a estratégia para que a mesma dê retorno positivo é tão importante quanto a colocação da ideia em prática.

* Por Rodrigo Calvoso

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22/11/2012

EM NOME DO ENTRETENIMENTO



Já falamos aqui da importância do telão para o sucesso de um evento esportivo (LIVE ACTION: MAIS EMOÇÃO AO VIVO). Nos EUA, onde a preocupação em oferecer um melhor serviço é sempre prioridade, duas equipes da NBA estão investindo pesado em novos gigantes telões.

Quem for à Toyota Center, casa do Houston Rocktes poderá conhecer o maior telão dentro de uma arena fechada nos Estados Unidos. O visor na verdade será composto por 4 telas gigantes, duas retangulares voltadas para os assentos das áreas leste e oeste e duas quadradas viradas para os setores norte e sul cada uma. As telas maiores (retangulares) medirão aproximadamente 8m de altura e 18m de largura, ocupando 62% da área da quadra. Os dois painéis das extremidades medirão aproximadamente 8m x 8m. Todas as telas irão exibir imagens em Full HD com 1080 linhas de resolução. 

Os planos também preveem a instalação de 4 placares auxiliares próximo aos assentos somente para exibir estatísticas durante os jogos do Rockets, renovação dos 300 monitores de TV espalhados pela arena e reforma do estúdio de transmissão para produção de conteúdo em HD.

O Indiana Pacers também ira inaugurar um telão colossal, na sua arena, no próximo ano. Também com resolução Full HD o telão da Bankers Field Life Fieldhouse será um pouco menor que o do rival de Houston.

Veja o vídeo do novo telão do Indiana Pacers:



Com certeza esses novos equipamentos irão melhorar ainda mais a experiência de acompanhar os jogos ao vivo. Lamento que aqui no Brasil ainda não enxergaram a importância dos telões e de se valorizar o consumidor esportivo.

*Por Romulo Macedo
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19/11/2012

NOVIDADE QUE VEM DO ORIENTE

O novo estádio é o trunfo da candidatura de
Tóquio para sediar os Jogos Olímpicos de 2020

 Acredite, a imagem ao lado não é de nenhuma espaçonave, mas sim do projeto do futuro Tokyo’s National Stadium, que será palco da final da Copa do Mundo de Rugby de 2019. Apresentado na última semana como sendo o mais futurista dos estádios, a arena realmente chama a atenção pelo seu belo traçado e também pela eficácia e segurança. A Zaha Hadid Architects, empresa responsável pelo projeto explicou que as curvas utilizadas no local servem não apenas para embelezar a obra, mas também para garantir a aerodinâmica necessária para a cobertura móvel, mesmo diante das dificuldades climáticas que por ventura possam ocorrer na cidade.

O novo estádio terá capacidade para 80 mil pessoas e já é apontado como novo trunfo da candidatura da capital japonesa para se tornar sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020. O Comitê Olímpico Japonês (Japan Sport Council) optou pelo projeto, dentre os 46 apresentados, primeiro porque a Zaha Hadid Architects possui experiência na construção de instalações olímpicas, já que também foram responsáveis pela construção do Parque Aquático de Londres, utilizada nos Jogos desse ano, e por seguirem a tradição japonesa de investir no conceito de modernidade.

O novo estádio receberá a Copa do Mundo de Rugby em 2019
De acordo com a previsão dos dirigentes, a nova arena estará pronta em 2018, um ano antes da abertura da Copa do Mundo de Rugby, maior terceira maior competição esportiva do planeta, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo de Futebol.

O novo projeto dará lugar ao atual estádio, projetado por Mitsuo Katayama, construído em 1958. A atual instalação também foi sede dos Jogos Olímpicos de 1964 e é classificada pelos profissionais do país como o “berço da arquitetura moderna do Japão”. 

* Por Rodrigo Calvoso


O atual estádio foi construído em 1958 e
foi utilizado na Olimpíada de 1964


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15/11/2012

BELAS OBRAS DE FACHADA

Ibrox Stadium nos anos 20, antes de ser adaptado em módulos

Olhar para o futuro sem se esquecer do passado. Esse é um dos grandes paradigmas das adaptações dos antigos estádios em modernas arenas que são planejadas ao redor do planeta.

Pensando nisso trouxemos algumas interessantes soluções encontradas por clubes que desejam modernizar seus estádios, entretanto não abrem mão de manter suas tradicionais estruturas, cheias de história.

Esse fato acontece também aqui no Brasil. Recentemente o C.R. Vasco da Gama anunciou a iniciativa de reformar o tradicionalíssimo estádio de São Januário, porém a ideia da direção do clube é que a entrada principal seja mantida. Aliás, a preocupação com a preservação desse item histórico é tão grande, que antes mesmo da confirmação da reestruturação do estádio os traços originais da “Colina Histórica” já foi iniciada.

- O Vasco tem a mais bela e interessante história do futebol nacional. Daí, o nosso cuidado com as tradições, o nosso maior patrimônio. A recuperação da fachada de São Januário é prova disso. Quanto mais bonita e vistosa, mais viva se torna para nós vascaínos a história do Gigante em nossa memória - afirmou o presidente do clube, Roberto Dinamite, na ocasião do anúncio da reforma.

Fachada preservada no Villa Park, na Inglaterra
Pelo mundo afora também temos diversos exemplos que podem servir de inspiração para aqueles que desejam seguir em frente, rumo à modernização, sem abandonar o que foi construído ao longo dos anos.

O inglês Aston Villa, por exemplo, é o responsável pelo Villa Park, construído em 1897 para partidas de críquete.  Entre as diversas reformas e adaptações, o estádio que chegou a receber mais de 75 mil torcedores para assistir uma partida contra o Derby County, em 1946, hoje tem capacidade para sediar partidas com até 42.785 espectadores.

Por se tratar de uma relíquia do futebol inglês, a direção do clube optou por investir no conforto interno ao invés de criar novas opções aos clientes, como a construção de centros comerciais ou hotéis. Os dirigentes entenderam que essas opções já eram atendidas pela estrutura das cercanias e preservaram a fachada e toda a história que por ali havia acontecido. Hoje o visitante que vai ao Villa Park, além de assistir a uma partida de futebol, também pode conhecer a história local realizando o tour, que custa £12.95. 

A direção do Aston Villa optou por valorizar o lado histórico
 do estádio, inaugurado no século IXX 
Já o exemplo que vem da Escócia, além de também ser repleto de valor histórico, é a prova concreta de que mesmo preservando o passado podemos seguir olhando para o futuro. O Ibrox Stadium, situado na cidade de Glasgow, foi classificado pela FIFA como 5 estrelas e está apto a sediar jogos finais da Liga dos Campeões e da Copa da UEFA.

O Ibrox Stadium hoje em dia com sua fachada preservada
Mesmo com todas essas credenciais, um desavisado visitante pode achar que está passando diante de uma antiga fábrica, pois toda a fachada original do Ibrox foi preservada pelo Rangers FC, que administra a arena. O estádio foi inaugurado em 1899 e podia sediar eventos de até 4.500 torcedores.  Ao longo de sua história, a arena chegou a receber 75.000 pessoas, entretanto hoje em dia sua capacidade máxima é de 51.000 visitantes. 

O estádio foi palco de uma das maiores tragédias da história do futebol mundial, quando, em 1971, 66 torcedores foram mortos em uma partida contra o Celtics e desde então diversas adaptações foram realizadas visando oferecer segurança e conforto para os clientes que ali passam. Entre elas a obrigatoriedade de todos os torcedores estarem sentados e a criação de 3 diferentes módulos para as torcidas, projeto que foi inspirado no estádio de Dortmund, na Alemanha, em 1978.  

Na América Latina o exemplo de preservação de fachada vem do México, mais precisamente do Estádio Olímpico Universitário, que foi construído em 1952, e hoje é administrado pelo Pumas.

O Estádio Olímpico Universitário conta com obras
de Diego Rivera em sua fachada
 Considerado como um dos mais belos estádios do mundo, sua entrada principal pode ser apontada como um dos pontos mais valorizados do local, que em sua fachada leste conta com a obra do artista plástico Diego Rivera, que retratou ali cenas esportivas através de seus traços marcantes.

Mesmo não tendo finalizado sua obra, pois faleceu 5 anos após a inauguração do estádio, Diego Rivera, é tido como uma das maiores referências do muralismo,  e incluiu o estádio em um outro patamar, sendo considerado uma verdadeira obra de arte. 

Além de seu valor cultural, o estádio situado na Cidade do México, também foi sede dos Jogos Olímpicos de 1968 e da Copa do Mundo de 1986.

* Por Rodrigo Calvoso
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12/11/2012

RÉVEILLON EM UMA ARENA PODE SER UMA BOA OPÇÃO?



Em um ponto todos concordam: uma arena esportiva para ser economicamente saudável não pode viver apenas de esporte. Entretanto existe uma data celebrada em grande parte do planeta que é muito pouco utilizada por estes espaços, é o dia 31 de dezembro.

Um case bem interessante é o da American Airlines Arena, casa do Miami Heat, que neste ano celebrará a chegada do novo ano com um grande show do consagrado rapper Pitbull, que trabalha com a previsão de ser um evento sold out. Por se tratar de uma bela cidade turística, em um lindo espaço, com um serviço impecável, a festa tem tudo para ser mais do que uma simples festa de ano novo.

Agora imagine aqui no Brasil, cidades turísticas como Rio de Janeiro, Salvador, Natal e Recife realizando uma grande festa de ano novo em suas novas arenas.

Destaco esta possibilidade, pois é uma data ociosa, na qual a temporada esportiva estará encerrada e pode se tornar um dos eventos mais rentáveis do ano, tendo em vista ser uma ocasião em que todas as pessoas querem se divertir, e muitas delas viajam para as cidades acima citadas.

Além da festa, que tem tudo para repetir o êxito do exterior, que gera um grande retorno financeiro, podemos utilizar todos os espaços do complexo, transformando áreas corporativas em verdadeiros hotéis de luxo, onde o turista poderá se hospedar no interior da arena, salas de cinema, restaurantes, lounges. Podemos também associar a comercialização a diversos pacotes incluindo passagens, visitas a pontos turísticos, restaurantes, bares, festas, transporte, segurança, conforto e tudo que uma cidade festiva pode proporcionar a seus visitantes nesta época do ano.

Desta maneira, podemos sugerir a criação de um evento que reunirá um grande público, que terá a sua disposição um espaço preparado para receber shows e atrações interessantes para os que desejam ter uma passagem de ano inesquecível.

Confira o vídeo de uma edição realizada na American Airlines Arena, onde foi criada a já tradicional chuva de balões, que marca a chegada do novo ano.  

No mais é só aguardar o próximo “Feliz Ano Novo” e seus lucros.

* Por Mario Bini


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08/11/2012

GRAÇAS AO ESTÁDIO




No dia 8 de setembro o tradicional time italiano da Juventus comemorou um ano da inauguração do seu novo estádio - mais informações no post: BELÍSSIMO.

Diferentemente do antigo Stadio Olimpico, que era considerado pela torcida da Juve como um local sem alma, o novo Juventus Stadium é motivo de muito orgulho para a torcida, que comumente enche o estádio e faz muito barulho para apoiar o time da casa.

 Sem entrarmos no mérito das receitas, frequentemente abordadas nesse espaço,  que um moderno estádio pode gerar, sem dúvida o novo Juventus Stadium também joga junto com o time e influencia nos resultados esportivos.

Na última temporada a equipe acabou com um jejum de 8 anos e conquistou o título do campeonato italiano, com uma incrível campanha dentro da sua nova casa. Foram 13 vitórias dos 19 jogos em casa, empatando outros 6. Eles marcaram 40 gols e sofreram apenas 12. O novo estádio é ou não uma grande arma a favor da equipe?

Segue um vídeo com os melhores momentos do estádio nesse primeiro ano de vida:









*Por Romulo Macedo
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07/11/2012

DEBATE NECESSÁRIO


Tratada como a grande vilã e responsável pela selvageria que tomou conta dos estádios brasileiros no final do século XX e início do XXI, as bebidas alcoólicas, em especial a cerveja, são apontadas como monstros segundo os critérios utilizados pelas autoridades públicas.

Entendo que um conjunto de fatores ocasionou este cenário no qual destaco a falta de estrutura em nossos estádios, despreparo da polícia, impunidade e mentalidade distorcida de alguns vândalos travestidos de torcedores.

Com a chegada das 14 novas arenas (12 da copa + Grêmio e Palmeiras) estaremos solucionando boa parte do primeiro ponto, tendo em vista que estes modernos equipamentos proporcionarão ao torcedor conforto e segurança necessários para se evitar confusões previsíveis . Quanto aos 2 próximos pontos (despreparo da polícia e impunidade) dependemos da atuação do poder público, que é responsável por este setor. De qualquer forma, com o recente progresso econômico e social brasileiro já podemos detectar um avanço neste sentido.

Quanto a mentalidade distorcida e a ação de vândalos, acredito que seja o reflexo da inércia do governo e do judiciário. Por esses motivos creio que prejudicar a maioria por causa de uma minoria seja a pior decisão que se poderia tomar. Podemos tomar como exemplo a Inglaterra que até bem pouco tempo tinha um cenário pior que o nosso, mas que com a intervenção enérgica da polícia, hoje em dia é um exemplo, onde é permitindo aos torcedores acompanharem jogos a poucos metros do campo sem a necessidade de alambrado e vidros separando atletas das arquibancadas.

Lembro também que hoje uma das maiores patrocinadoras do futebol nacional é uma cervejaria, fazendo-se presente até na Copa do Mundo FIFA como patrocinadora oficial. Além disso, podemos falar no retorno financeiro que a venda de cerveja proporcionaria aos clubes e arenas, já que com seu retorno os torcedores certamente entrariam antes e consumiriam mais no interior dos estádios, gerando mais vendas. Isso significa dizer que o retorno financeiro indireto, com a presença maciça de torcedores por mais tempo no interior das arenas, iria valorizar a comercialização de novas propriedades que teriam seus valores aumentados. Podemos citar espaços publicitários em telões, testeiras eletrônicas, telas espalhadas no interior dos locais de jogos, entre outros. Todas essas propriedades, se bem geridas com ativações, interatividade com o público e entretenimento podem se tornar novas fontes de renda.

Pelo lazer, conforto e rendimento econômico, pedimos que o caso seja analisado de forma coerente e que se busquem soluções eficazes para as dificuldades que surjam no decorrer do tempo. 

* Por Mario Bini
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02/11/2012

NOVIDADE NA TERRA DOS VIKINGS




Recentemente o Brasil enfrentou a equipe da Suécia no lendário estádio Rasunda, palco da final da copa de 1958, que foi disputada exatamente entre essas duas equipes. Como foi bastante comentado por aqui na época, o motivo desse amistoso é que o cenário do primeiro título mundial verde e amarelo será demolido, o que realmente irá acontecer muito em breve.

Por outro lado, a cidade de Estocolmo acaba de receber a Friends Arena, o primeiro grande estádio sueco considerado de alto padrão, voltado prioritariamente para o futebol. De acordo com os gestores, a arena é capaz de receber um concerto musical e pouco tempo depois já estar totalmente adaptada para sediar uma partida de hockey no gelo, por exemplo. A abertura oficial do moderno estádio aconteceu na última semana, porém a bola ainda não rolou por lá. A cerimônia oficial de inauguração contou com um evento que reuniu nomes do universo musical daquele país, como os grupos Roxette e The Hives.

 Para eventos esportivos a capacidade total da Arena é de 53 mil torcedores, porém o segundo nível pode ser adaptado de acordo com as necessidades do evento e as necessidades da hospitalidade. Devido as constantes nevascas que acontecem na região da Escandinávia o teto retrátil não poderia ser deixado de lado e na Friends Arena ele pode abrir ou fechar totalmente em 20 minutos.

Outra curiosidade diz respeito ao naming right do estádio, que a princípio se chamaria Swedbank Arena. A opção pela mudança se deu como estratégia de marketing do banco, que decidiu ingressar em uma campanha contra o assédio moral contra as crianças e essa ação ajudou, e muito, na conquista da simpatia dos moradores da região.

A partir de 2013 o estádio passa a ser a casa oficial do AIK e da seleção sueca, que através da federação nacional, é uma das investidoras do empreendimento. O mais interessante é que além da Arena, que fica situada em uma área do subúrbio da cidade, a região ganhou todo um planejamento de desenvolvimento para os próximos anos. Diversos hotéis, um grande centro comercial e vários condomínios residenciais já estão em fase final de construção. A primeira partida de futebol acontecerá em duas semanas e será entre as seleções da Suécia e da Inglaterra. Além desse jogo, em fevereiro os “Vikings” receberão o time argentino de Messi e cia para mais um amistoso. 

Confira o vídeo realizado pouco antes da inauguração onde os produtores fizeram um "tour de 360º"  no local. 

* Por Rodrigo Calvoso

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