21/12/2009

SEM DINHEIRO

Imaginem ir a um estádio sem levar nenhum centavo na carteira. Em um só cartão você tem o ingresso e dinheiro para consumo. Isso já é mais que uma realidade em muitos estádios ao redor do mundo.

O torcedor recebe um cartão personalizado onde ele pode inserir créditos, sejam eles para compra de ingressos ou para consumir dentro do estádio, desde o estacionamento até a camisa oficial do seu time. O sistema está ganhando cada vez mais estádios adeptos ao redor do mundo por ser extremamente eficiente, seguro e rápido.

A tecnologia é simples, em um cartão o torcedor coloca créditos em dinheiro. Esses créditos podem ser colocados pela internet antes dos eventos ou em muitos terminais espalhados pelo estádio. No final do jogo ou da temporada o torcedor pode pegar o dinheiro que não foi consumido de volta ou deixá-lo para usar em uma outra oportunidade.

O cartão ainda pode ser decorado com imagens, figuras dos times e logomarcas de patrocinadores. Hoje esses cartões já se tornaram um disputado souvenir

As vantagens são enormes tanto para o consumidores como para os gestores do estádios. O consumidor tem a disposição um serviço eficiente e cômodo, elevando naturalmente o gasto médio de cada um.

Claro que para o sistema funcionar a qualidade e variedade dos produtos oferecidos tem que ser muito boa.

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16/12/2009

NOVO PATAMAR DE PUBLICIDADE


Seguindo a tendência das arenas “vivas”, ou seja, arenas que mudam de cor, projetam imagens, piscam e interagem com o meio ambiente. A AmericanAirlines Arena, casa do Miami Heat, nos EUA, instalou um enorme painel MediaMesh.

MediaMesh é uma sistema patenteado, desenvolvido para transformar as fachadas de edificações em gigantes painéis. Por ser quase transparente, ter uma excelente visibilidadede diurna e noturna e por permitir que o painel siga a curvatura do prédio, o MediaMesh consegue uma ótima integração com a fachada da edificação sem prejudicar os traços arquitetonicos. 

O painel de 320 metros quadrados foi instalado na fachada oeste do prédio principal da AmericanAirlines Arena, localizado em frente ao porto de Miami e a movimentada Biscayne Boulevard. Segundo os executivos do Miame Heat, o MediaMesh será visto pelos 1.4 milhões de frequentadores anuais da arena, pelos mais de 3.8 milhões de passageiros de cruzeiros que descem no porto da cidade todos os anos e pelos 65 mil carros que passam pela Biscayne Boulevard diariamente.

O painel na AmericanAirlines Arena é uma inovadora plataforma de comunicação, capaz de gerar enormes oportunidades aos anunciantes e ainda consegue trazer um pouco da emoção do que ocorre no interior da arena para o lado de fora. O torcedor da equipe do Miami Heat também pode publicar mensagens no gigantesco painel via Twitter.

Certamente essa tecnologia vai colocar a publicidade dos espaços esportivos em um novo patamar, permitindo que cada arena crie a sua própria versão da nova-iorquina “Times Square”. 


O sensacional vídeo, a seguir, consegue passar um pouco da grandiosidade do painel e das inúmeras oportunidades que a tecnologia MediaMesh pode oferecer.

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14/12/2009

QUAL É O PAPEL DA POLÍCIA ?


As lamentáveis cenas que vimos no final do jogo Coritiba x Fluminense (06/12/09) no estádio Couto Pereira, me fizeram, mais uma vez, refletir sobre o papel da polícia nos jogos de futebol.

Será que é papel da polícia garantir a segurança dentro de um estádio de futebol? A minha opinião é não, mas a melhor definição do papel da polícia, escutei do Oficial de Segurança do Emirates Stadium (Arsenal F.C.)  Jhon Beattie. Segundo ele o pensamento inglês é que a Polícia deve garantir a ordem pública enquanto o clube deve garantir a segurança dos espectadores.

Todos os estádios ingleses têm a figura do Oficial de Segurança. Um profissional altamente gabaritado responsável pela a segurança dos espectadores do estádio. Não somente em relação a violência, mas também nas questões de incêndios, tumultos, bombas, tragédias, etc.

O Oficial de Segurança do estádio trabalha em parceria com os comandantes da polícia e do corpo de bombeiros, oficial de primeiro socorros, serviço de ambulância, operadores de câmeras de segurança, operadores de rádios do clube e da polícia,  visando o bem estar do torcedor. No interior do estádio a segurança fica a cargo de Comissários privados (stewards) altamente treinados e que atuam na prevenção de tumultos. 

Os Comissários são fundamentais para manter a segurança dos estádios ingleses. Eles são responsáveis por orientar o público, atuar em pequenos incêndios e tumultos, avisar qualquer movimentação diferente, prevenir invasões de campo,  controlar os acessos, não permitir a aglomeração nas áreas de circulação e escape, colocar em prática os planos de contingências e muitas outras importantes tarefas.

Outro ponto importante é que os comissários, normalmente são pessoas que conhecem os torcedores, sabem o seus comportamento e são capazes de prever suas reações. Os comissários, na sua maioria, são pessoas da comunidade.

O nível de segurança e organização dos estádios ingleses é tamanho que hoje os jogos de futebol acontecem sem nenhum tumulto com apenas um policial militar no interior do estádio, o comandante da polícia.

A polícia tem a responsabilidade de garantir a ordem pública somente no exterior dos estádios, ou seja, permitir que o torcedor saia e retorne a casa sem nenhum transtorno. Hoje em dia o torcedor britânico pode sair de casa com a sua família e ir a um estádio de futebol na certeza de que terão uma ótima experiência de entretenimento.

A experiência britânica mostra que um dos primeiros passos para se trazer a paz de volta aos estádios é substituir a segurança pública pela segurança privada altamente treinada para exercer tal função. 


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10/12/2009

DESCASO "HEXAGERADO"

Numa tarde que tinha tudo para ser somente de festa, foi marcada pela confusão, falta de respeito, empurra empurra, tumulto, cacetadas da polícia e uma longa fila para entrar no estádio do Maracanã.

Em um jogo onde só tinha uma torcida, os “responsáveis” pela organização do espetáculo deram mais uma vez um show de incompetência. Como se a ridícula fila na venda dos ingressos para a partida não bastasse, foi formada uma gigantesca fila também na entrada do jogo.

Fila essa que é o reflexo de como o torcedor é visto e tratado pelas as autoridades do futebol brasileiro. Ou seja, um “Zé Ninguém”, sem importância.  Como consequência o torcedor foi mais uma vez maltratado, humilhado, espremido, agredido e tratado pior que animal. 

Os fatos expõem erros e fragilidades gritantes na organização de um jogo de futebol no Brasil:

1 - Enxurrada de ingressos falsos: O ingresso do jogo chegava a ser uma falta de respeito, qualquer criança podia falsificar. Não existia nenhuma marca de segurança no ingresso,  o torcedor somente descobria que era falso quando passava na roleta. 

2 - Milhares de pessoas ao redor do estádio sem ingresso tentando “encontrar” uma maneira de ver o jogo: Milhares de pessoas sem ingresso ou com ingresso falso chegaram até as roletas. 

3 - Roletas eram muito frágeis, por diversas vezes as roletas pararam de funcionar devido ao grande volume de pessoas: Será que o número de torcedores no estádio não era previsto? 

4 - Polícia Militar organizando a fila na base da cacetada: Será que a função da Polícia Militar é organizar uma fila? Será que um policial recebe treinamento de como organizar uma fila? 

5 - Roleteiros e policiais orientando as pessoas a pularem as roletas defeituosas:  Por incrível que pareça, as roletas mesmo quando pararam de funcionar continuaram com as barreiras levantadas.

Como consequência além do enorme tumulto, muitas pessoas entraram sem ingressos, com ingressos falsos ou até com ingressos de outras partidas. O que gerou uma superlotação dentro do estádio.

Isso tudo poderia ser evitado se o torcedor fosse realmente o foco, se fossem tratados como consumidores. Se houvesse planejamento e principalmente se houvessem pessoas especializadas na organização e gestão do evento.

Os ingressos de jogos têm que possuir informações claras e ter diversas marcas contra a falsificação. Isso dificulta muito o trabalho dos falsificadores e possibilita que o torcedor facilmente identifique um ingresso falso.

Deve existir um anel de segurança, ao redor do estádio, fazendo uma triagem de quem possui ingresso. Dessa forma perto do estádio somente ficam as pessoas que realmente irão entrar no jogo

Todos as roletas devem ser testadas na véspera do jogo. Isso permite que seja feita a troca de roletas defeituosas.

A fila tem que ser organizada por profissionais treinados, com muito planejamento, prevenindo contra tumultos. Uma fila não pode ser organizada na base da pancada depois que a confusão já está formada. Local de Polícia Militar não é organizando fila de um evento privado.

Uma roleta de um estádio deve possuir um sistema de pane para quando ela parar de funcionar, o controle de entrada possa ser feito tranquilamente de forma manual. Para essa modalidade  funcionar, também é preciso que o ingresso tenha diversas marcas contra a falsificação, permitindo uma fácil averiguação dos roleteiros e impedindo a entrada de pessoas sem ingressos ou com ingressos falsos. Obviamente essa operação deve ser fiscalizada para que os ingressos recolidos não voltem para a mão de cambistas.

Como podem perceber tudo é um ciclo virtuoso, se todas as medidas forem tomadas o consumidor poderá entrar no estádio com tranquilidade e segurança. As medidas existem e são adotadas em muitos países. Mas, infelizmente, aqui no Brasil tudo sempre parece muito mais difícil. 

Até quando teremos que suportar esse descaso?

foto - O Globo / André Coelho
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04/12/2009

PROMOÇÃO - RAÇA, AMOR E PAIXÃO



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03/12/2009

MEDIEVAL TIMES



É sempre assim, chegado um grande jogo e a cena se repete. Pessoas dormindo na fila, tumulto, empurra empurra, confusão, etc. Ontem (02/12/09) na venda da sobra dos ingressos para o jogo Flamengo x Grêmio não foi diferente,  além de todos os ingredientes citados anteriormente ainda foram acrescentados, truculência, bombas de gás, spray de pimenta, balas de borracha, tropa de choque da polícia e até tiros para o alto.

Até quando nós torcedores seremos tratados piores que animais? (nenhum animal merece um tratamento como esse). Será que um consumidor, quando quer gastar o seu dinheiro, tem que passar por isso?  Seria preciso mesmo toda essa truculência, falta de organização e principalmente fila na venda desses ingressos? 

É difícil de se acreditar mas em pleno século 21, enfrentar uma fila por mais de 2 dias é a única maneira de se conseguir um ingresso. Parece até surreal, mas ainda temos que escutar pessoas colocando a culpa do tumulto no regulamento da competição.

O foco está errado. O dirigente de futebol se apega ao fator paixão e esquece que na verdade nós somos consumidores e devemos ser tratado com respeito, como todo consumidor. Existem inúmeras maneiras de se evitar aquela fila ridícula na bilheteria do Maracanã. Venda pela internet, venda de carnês para toda a temporada, sócio torcedor, distribuição de senhas, bilhetes papa fila, sorteios como é feito na Copa do Mundo, etc. Mas como o torcedor não é o foco, nada foi feito.

Foi arrecadado cerca R$ 150.000,00 (5.000 ingressos ao valor de R$ 30,00 cada) se levantássemos os custos dessa operação “medieval” (150 homens da PM, batalhão de choque, dezenas de viaturas, dezenas de balas de borracha, helicóptero da polícia, dezenas de bombas de efeito moral, orientadores truculentos, grades, bilheteiros, supervisor de bilheteria, toneladas de lixo e garrafas cheias de urina para recolher, pessoas atendidas em postos médicos, etc.) seguramente chegaríamos a conclusão que se gastou muito mais do que foi arrecadado. 

Se, pelo ponto de vista financeiro, a operação já foi de uma imbecilidade sem tamanho, imaginem se analisarmos tudo que o torcedor passou e sofreu.  Quantas pessoas que depois de virem as cenas de ontem, nunca mais voltarão a um estádio de futebol? Será que as imagens que estão circulando no mundo foi benéfica paras as entidades envolvidas? Será que teremos outro tumulto em uma próxima venda de ingressos para um decisão? Se nada for feito com certeza sim.


foto - O GLOBO / Cléber Júnior


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01/12/2009

PONTO TURÍSTICO


Seguindo a linha que um estádio é capaz de se tornar um dos principais pontos turísticos de uma cidade, Durban, na África do Sul, resolveu ir além.

O recém inaugurado Moses Mahiba será sede de 7 jogos da Copa do Mundo de 2010, incluindo uma das semi-finais. O novíssimo estádio poderá receber até 70.000 pessoas (54.000 lugares permanentes e 16.000 temporários) durante a Copa do Mundo e certamente será um dos principais pontos turísticos da cidade de Durban.

Para investir no potencial turístico foi instalado um bonde para levar turistas ao topo do arco de sustentação da cobertura do estádio. O bonde foi importado da Itália e tem capacidade para 25 pessoas por vez. 

O passeio levará até um deck localizado no ponto mais alto do arco de 350 metros, que percorre de um lado a outro do estádio. Os turistas mais aventureiros poderão fazer o trajeto a pé, subindo os 550 degraus do arco.

O turista poderá ver o gramado de um novo angulo e  terá uma bela vista da cidade. Além de ponto turístico o bonde será uma grande fonte de receitas.

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