03/11/2010

U DOIS


Um amigo me enviou informações e números interessantes sobre os shows da banda U2, que ocorreram nos dias 11 e 12 de Setembro, no Estádio Letzigrund em Zurique:

  • Palco 360° perto do meio do campo.
  • 28 metros de altura (mastro com 50 metros).
  • O palco pesa 400 toneladas.
  • Telão flexível de até 1.300 m².
  • 150 caminhões foram necessários para transportar todos os equipamentos.
  • Foi preciso de 8 dias para montagem e 4 dias para desmontagem.
  • O gramado teve que ser totalmente substituído.




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14/10/2010

SOLUÇÃO

Vocês conhecem a história de dois times grandes que ficaram sem seu estádio devido a necessidade de reformas e agora sofrem para achar um lugar para jogar? Pois bem, esse fato ocorrido com Flamengo, Fluminense, Atlético-MG e Cruzeiro aqui no Brasil, quase se repetiu no Canadá.

As equipes BC Lions (futebol americano) e Whitecaps (futebol) decidiram construir um teto retrátil em seu moderno estádio, BC Place Stadium. A obra impossibilitaria a realização de jogos no local pelo período de um ano. Para não ficar sem um lugar para mandar os seus jogos nesse tempo os clubes contrataram a empresa Suíça NUSSLI.

Em um tempo recorde de 3 meses foi construído um novo estádio, todo em aço, com a capacidade para 27.500 torcedores, todos sentados em cadeiras (20.500) e bancos (7.000), o estádio ainda conta com área e assentos VIPs, cabines e salas de imprensa,12 camarotes e cobertura nas duas arquibancadas principais.

Eu já tive a oportunidade de ver de perto um estádio feito de aço pela NUSSLI e posso atestar que a qualidade, conforto, segurança e os serviços oferecidos são superiores a grande maioria dos estádios do Brasil.

Infelizmente os clubes cariocas não tiveram a mesma visão e hoje sofrem com as baixíssimas médias de público dos jogos no Estádio João Havelange e as constantes viagens para Volta Redonda
.

Ainda mais grave é a situação dos clubes mineiros que são obrigados a jogar fora de Belo Horizonte por conta da reforma dos dois maiores estádios da cidade.

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06/10/2010

ELITISTA OU INOVADOR?

Conversando com o novo pivô da equipe de basquete do Flamengo, Atila dos Santos (@atiladossantos), conheci uma nova modalidade de arena. O pivô que antes de chegar ao Brasil defendia as cores do Barkersfield Jam, equipe da NBDL (liga de acesso da NBA) me contou uma curiosa característica da arena do seu ex time.

Cansados da fraca média de cerca de 2.000 torcedores nos seus jogos durante as três primeiras temporadas da equipe, os donos da franquia resolveram revolucionar de uma vez por todas. Inaugurada no final de 2009, a nova arena da equipe, Jam Events Center, é composta apenas por uma quadra, camarotes, sala de fumante e poucas mesas e cadeiras ao redor da quadra. O público total é de somente 550 privilegiados torcedores.

Com estacionamento, jantar e bebidas incluídas, os poucos ingressos variam de $3.000,00 a $4.000,00 por jogo e os camarotes custam $40.000,00 por ano. Apesar de parecer um pouco elitista, sem dúvida esse novo modelo de negócio deve ser avaliado.



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23/07/2010

LOS ANGELES

O vídeo, enviado pelo amigo Bernardo, apresenta imagens do projeto do novo estádio de futebol americano da cidade de Los Angeles (EUA), já escrevi sobre ele no post: I’LL BE BACK


O moderno estádio terá capacidade para 75.000 espectadores, incluindo 176 camarotes e 12.500 assentos corporativos (VIPs), será o coração de um gigantesco complexo de entretenimento e negócios que contará ainda com cinemas, teatros, restaurantes, lanchonetes, lojas, praças, centro de convenções, escritórios, etc.


O maravilhoso Los Angeles Stadium ainda não tem um “dono” pois a cidade ainda não conta com uma equipe de futebol americano profissional. Quem irá usufruir dessa obra prima ? Façam suas apostas.


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07/07/2010

PPL PARK



O vídeo de hoje é uma dica do leitor do site, Emanoel Dias. Gravado horas antes da inauguração do PPL Park, um estádio específico para futebol com capacidade para 18.500 pessoas para ser a casa do Philadelphia Union, nos EUA.
Com um custo de  120 milhões de dolares o estádio foi construído em um ano e meio e conta também com espaço para escritórios, um centro de convenções, casas, espaço para lojas e um grande estacionamento.
Como já é de costume nos estádios de futebol dos Estados Unidos o PPL Park está todo preparado para receber grandes shows com a capacidade para acomodar até 26.000 espectadores.
No vídeo podemos destacar o crescimento do futebol nos Estados Unidos e a maneira que o evento esportivo é tratado como um grande entretenimento com lojas, shows, bares, produtos exclusivos, etc. Tenho certeza que em muito pouco tempo o futebol será muito forte na terra do Tio Sam. Já são 9 estádios específicos para futebol (soccer) na principal Liga do país.
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22/06/2010

VISÃO DE RAIO-X


A IBM lançou um aplicativo que permite ver através dos muros no, tradicional, torneio de Wimbledon. Não se trata de um super poder do Superman e sim do IBM Seer. Orientado por GPS, basta o portador de um smartphone apontar para uma das quadras do complexo de Wimbledon que aparecerá a partida que acontece no seu interior.
Com suporte para Iphone e Android o aplicativo também apresenta mapas, as melhores rotas e distância para as lanchonetes, banheiros, lojas e saídas, além de ser possível visualizar diversas câmeras  e obter informações online de todo o complexo de tenis.
O aplicativo promete revolucionar a experiência do torcedor em grandes eventos, já que pode-se evitar grandes filas, assistir os melhores jogos, descobrir os melhores lugares para descansar, achar a lanchonte mais próxima e muito mais.
Com a tecnologia avançando cada vez mais rápido já não sei o que podemos esperar para Copa de 2014 e Rio 2016. 


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17/06/2010

RECURSOS HUMANOS



Um lado diz que foi caso de oportunismo já o outro alega que não foi pago o valor combinado pelo serviço. Sem entrar no mérito de quem está certo ou errado, o episódio do confronto entre o Staff do estádio de Durban e a polícia, na África do Sul, em plena Copa do Mundo, mostra como a gestão de um estádio é uma operação complexa e delicada.
A implementação de novos conceitos de segurança, conforto, novos espaços de hospitalidade e catering implicam em um grande contigente de novos funcionários nos dias dos jogos. Em uma grande partida chega a se ter mais de 3.000 pessoas trabalhando e esse fato requer uma ótima gestão de recursos humanos.
O desafio da gestão de RH fica ainda maior quando levamos em conta que no dia do jogo temos funcionários fixos, temporários, terceirizados e até funcionários públicos (ex. polícia e bombeiro). Se todas as funções não estiverem muito bem definidas, organograma bem detalhado, todos cientes de seus deveres e procedimentos e devidamente treinados, seguramente teremos confusões e um jogo de empurra empurra para definir os culpados pelas falhas. 
Será que estamos preparados para mais esse desafio? Será que temos profissionais de Recursos Humanos capacitados para trabalharem em estádios?

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05/06/2010

SOCCER CITY

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30/05/2010

MAIS UMA VEZ




Às vezes eu mesmo não aguento mais me ouvir falando sobre a falta de segurança dos estádios e ginásios brasileiros e da maneira como esse tema vital é totalmente ignorado pelas autoridades. Todavia, vendo cenas absurdas de uma briga generalizada entre torcedores e atletas ao final de um jogo de basquete, percebo que ainda tenho muito que falar sobre isso.
Para quem não sabe o que aconteceu. Ao final do jogo (30/05) entre Flamengo e Universo Brasília, válido pelas finais do campeonato brasileiro, no ginásio Nilson Nelson em Brasília, a torcida local invadiu a quadra e arrumou uma confusão generalizada com os jogadores do Flamengo.
É inadmissível que centenas de torcedores estivessem na quadra, independente do que estavam fazendo. Mais uma vez a polícia se mostrou completamente despreparada e ineficiente para lidar com um tumulto em uma praça esportiva. Até quando seremos obrigados a presenciar cenas grotescas como essa? Por mais quanto tempo vou ter que falar em vão sobre segurança? Até quando a segurança dos torcedores e dos atletas será ignorada? Será que vai demorar muito até chegar o dia em que assistir um evento esportivo não seja uma aventura muito perigosa?
Todos sabemos que prevenção é a melhor solução para evitar tumultos como esse, mas, parece que aqui no Brasil a melhor política é a do cacetete e spray de pimenta. Espero que não seja necessário uma tragédia com muitas mortes para que tomem uma providencia. 
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20/05/2010

TELA MÁGICA


Certa vez fui assistir a um jogo de futebol na Alemanha, na cidade de Colônia, quando no intervalo percebo que nos gigantes talões do RheinEnergie Stadion uma garotinha dava uma entrevista animada que arrancava sorrisos dos rostos de todos os presentes no estádio. Pensei em se tratar de alguma celebridade infantil da TV local, mas para meu espanto a garotinha em questão era entrevistada, ao vivo, a pouco mais de 100 metros de distancia do meu assento e não se tratava de nenhuma celebridade, era sim mais um “anônimo” dando uma entrevista para TV do estádio.
Após a singela garotinha, muitos outros foram entrevistados no intervalo do jogo. Não eram celebridades mas todos faziam parte da programação do telão, que além das entrevistas, contava também com replay dos melhores momentos, recados de amor, mensagens para aniversariantes, jogos de perguntas, estatísticas do jogo, vídeos amadores enviados por torcedores, entrevistas com jogadores e até um torcedor todo uniformizado ensinando receita de um  bolo típico da região.
Toda a programação era intercalada por comerciais dos mais diversos produtos e serviços, que seguramente pagavam grandes quantias para anunciarem em um estádio lotado de fãs, no seu momento máximo de paixão.
Os telões são ferramentas fundamentais na estratégia de entretenimento dos estádios e arenas ao redor do mundo. Cada vez mais se busca a criação de conteúdo exclusivo, já existem diversas empresas especializadas na criação desse tipo de conteúdo, jogos da NBA por exemplo, são recheados de animações e estatísticas, em tempo real, nos telões.
Está se tornando habitual no Brasil, depararmos com telões de alta definição em estádios e ginásios, mas, infelizmente, o conteúdo ainda é muito pobre. Nossos gestores ainda não perceberam o poder de entretenimento e lucratividade que essa ferramenta possui, para se ter uma noção do quanto estamos atrasados no tema, chega-se ao cúmulo de existir uma portaria estadual que proíbe a veiculação de comercias nos telões do estádio do Maracanã, desta forma o clube fica alijado de uma grande fonte de receitas.
Torço para que esse panorama mude e que tenhamos muito mais conteúdo nos telões, do que simplesmente as imagens dos jogos e as escalações das equipes.
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13/05/2010

QUEM É O INIMIGO?


A política de segregação é comum em jogos de futebol. A principal medida de segurança da polícia é baseada no princípio de que torcedores rivais devem, ao máximo, evitar o contato uns com os outros.
Para tal objetivo muita das vezes é montada toda uma estratégia de guerra. Os ônibus de torcedores visitantes ficam retidos na estrada e passam por uma rigorosa revista, é feito uma escolta policial dos ônibus até a porta do estádio,  os torcedores são escoltados pelas ruas até estarem dentro do estádio, as ruas são fechadas para evitar o contato com os torcedores visitantes, a torcida visitante somente é liberada para entrar no estádio quando a partida já começou. 
Dentro do estádio normalmente a torcida visitante fica em lugar isolado por grades ou barreiras de policiais, locais esses que oferecem uma péssima qualidade de acentos, banheiros, visibilidade, lanchonetes e conforto. Ao final do jogo os torcedores são retidos, às vezes, até por mais de uma hora enquanto o estádio é esvaziado e toda a operação de  escolta é novamente montada até que se chegue a um local seguro.
Essa operação extremamente cara e trabalhosa serve somente para manchar cada vez mais a imagem do futebol e evitar conflitos, mas não eliminá-los. A política de separação aumenta ainda mais a rivalidade e o ódio entre torcedores de clubes diferentes, passa a sensação clara de que são inimigos e por isso devem estar separados e tratados como um grupo distinto.
Essa política embora pareça ser a única solução para conter a euforia dos torcedores e manter a paz nos estádios, apenas controla os sintomas da violência mas não os elimina. Esse sintomas, provavelmente, são até intensificados devido a toda essa segregação.
É comum vermos nos setores das cadeiras brancas e das cadeiras azuis do Maracanã duas torcidas coexistindo pacificamente sentadas lado a lado no mesmo setor, sem relatos de confusões. Nos esportes como o volei, o basquete, o futsal e outros  as duas torcidas também dividem os mesmos espaços e também não se tem registro de grandes problemas. O futebol é o único esporte onde a segregação é adotada como medida principal de segurança e como podemos ver não vem dando muito certo, na medida que o ódio entre torcidas só cresce e está cada vez maior.
Será que não chegou a hora de começarmos a rever esse conceito? Será que se todos fossem bem tratados e respeitados, não seria muito melhor? 
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11/05/2010

A CULPA É DA CULTURA?

Tragédia de Heysel - 39 torcedores morreram após confronto entre as torcidas da Juventus e Liverpool. A torcida do time inglês foi responsabilizada pelas mortes.

Nada me irrita mais do que colocar culpa na cultura do povo brasileiro para justificar a bagunça dos nossos estádios. Já ouvi de pessoas muito importantes do nosso futebol essa desculpa ridícula. Um dirigente de um grande clube chegou a me dizer que o torcedor brasileiro só vai ao estádio para brigar. 
Se a cultura é a desculpa, então vamos falar do país onde foram registrados os maiores números de brigas, homicídios e tragédias decorrentes de conflitos entre “torcedores” adversários. A Inglaterra.
Conhecido pelo nome de hooligans, os brigões ingleses foram responsáveis por grandes tragédias dentro de estádios de futebol. Heysel, Bradford e Hillsboroug são exemplos trágicos de como a falta de treinamento, segurança e organização podem tirar vidas.
Mas lá, na terra da rainha, os responsáveis pela a gestão do futebol não colocaram a culpa na cultura do povo e resolveram virar o jogo. Cansados de tantas confusões e mortes, os ingleses criaram o relatório Taylor no final dos anos 80, quando, após mais uma tragédia, 96 pessoas morrerem no estádio de Hillsboroug.
O relatório Taylor fez diversas recomendações relativas a segurança nos estádios de futebol. Foi o responsável por recomendar que, em todos os estádios ingleses houvessem apenas lugares sentados. Preocupações com as roletas, ingressos, barreiras, acessos, áreas de circulação, sala de controle e muitos outros itens de segurança, também constaram do relatório.
Muita coisa evoluiu após isso. Outros conceitos de entretenimento, conforto e segurança também foram adotados pelos estádios ingleses. As áreas corporativas e de hospitalidade  são hoje muito bem exploradas pelos clubes, os estádios são setorizados, com diferentes faixas de preços, policiais mal treinados foram substituídos por seguranças particulares especializados, a preocupação com o bem estar dos torcedores é enorme, hoje pode-se encontrar verdadeiras lojas, lanchonetes e restaurantes em quase todos estádios, o acesso aos estádios é muito mais fácil via transporte público, etc., etc., etc.
Ir a um jogo de futebol na Inglaterra deixou de ser uma aventura de extremo risco e passou a ser um programa seguro, confortável e inesquecível para toda a família. Com isso o torcedor de bem voltou a frequentar os estádios e os clubes viram as suas receitas oriundas das praças esportivas multiplicarem exponencialmente e se tornarem fundamentais para a boa saúde financeira deles. A cultura mudou e todo mundo saiu ganhando.
Um dos princípios dessa transformação partiu de mudança de tratamento ao torcedor. Trate-o como animal e animalizado que ele ficará, trate-o com conforto e segurança e você terá não um torcedor, mais um consumidor fiel.
Desafio a todos os estádios do país a mudarem o tratamento ao torcedor e a oferecer a estes serviços de muito melhor qualidade, para verem como terão muito menos confusões, muito menos conflitos e receitas absurdamente crescentes.
Todas essas mudanças dão muito trabalho e são muito mais difíceis de serem aplicadas do que ficar colocando a culpa na cultura do povo. Para finalizar gostaria apenas de lembrar que o povo brasileiro também tinha a cultura de dirigir sem o cinto de segurança, de fumar em locais fechados, de beber e dirigir, de não reclamar seus direitos de consumidor, ....
Acredito que já passou a hora para pararmos de colocar culpa em algo e começarmos a nossa transformação, mesmo que tardia.
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06/05/2010

ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS


Dizem que o Brasil não tem memória.  Apesar de não querer acreditar nisso, às vezes me dou por vencido. Por exemplo, vocês sabem qual o foi o primeiro estádio de futebol, de grande porte, do país?
Pois foi o estádio Manuel Schwartz, popularmente conhecido como Estádio das Laranjeiras, pertencente ao Fluminense Football Club. A história desse espaço se confunde com a própria história do futebol brasileiro.
Com certeza, muitos não imaginam que um lugar tão conhecido e popular, seja tão  maravilhosamente rico de histórias e de tradições. Mesmo antes de existirem as grandes arquibancadas, a seleção brasileira fez o seu primeiro jogo e o primeiro gol da sua história no gramado das Laranjeiras, venceu o Exeter City, da Inglaterra, por 2 x 0.
A primeira conquista do seleção também ocorreu no estádio das Laranjeiras, em 1919, quando o Brasil sagrou-se campeão do Sul-americano. O segundo título ocorreu em 1922, no mesmo palco, com o bi-campeonato Sul-americano.
O Estádio foi construído para receber 18.000 pessoas, por ocasião do Campeonato Sul-americano de 1919. Em 1922 passou por uma reforma e ganhou um anel superior nas arquibancadas, aumentando assim a sua capacidade para 25.000 pessoas. No ano de 1961 parte da área do estádio foi desapropriada para a ampliação da Rua Pinheiro Machado.
É uma pena que um lugar que poderia ser chamado de a maternidade do futebol brasileiro, esteja em estado de degradação e que um terreno maravilhoso seja tão pouco usado por um clube que sofre com grandes dívidas.
Por conhecer bem o local, seu terreno e suas cercanias, acredito que qualquer projeto de reforma do estádio das Laranjeiras, visando que o mesmo volte a receber jogos de futebol masculino profissional seja quase impossível de ser colocado em prática. Todos os modernos conceitos de conforto, segurança, comodidade, entretenimento, etc., não são possíveis de serem aplicados em um espaço tão apertado e rodeado de prédios e de  residências.
Conhecendo de perto as dificuldades financeiras do clube, espero, sinceramente, que a próxima administração do clube transforme a área em um espaço rentável e que preserve toda a história do local em um belo museu.








fotos - flumania.com.br
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04/05/2010

PARA QUE SERVEM OS PRAZOS?


Foi só o Brasil tomar uma “chamada” internacional, ao vivo e sem cortes, que alguns amigos meus estrangeiros me enviaram e-mails perguntando o que está acontecendo aqui.

Tento explicar o inexplicável. Falo de burocracia, licitações, obras embargadas e até de falta de dinheiro.
- Como assim? Um estádio se candidata para ser sede de uma Copa do Mundo e não tem dinheiro para levantar o projeto? 
A princípio a FIFA tinha estipulado o prazo de janeiro de 2010 para o início das obras, mas a data passou e nada foi feito. Depois foi estipulado uma nova data, março de 2010 e março chegou,  mais uma vez as obras ainda não tinham se iniciado. Após uma carta dura, enviada pelo Ricardo Teixeira a todas as cidades sedes, um terceiro prazo foi definido, maio de 2010 e foi dado um ultimato, mas, por incrível que pareça, a terceira data passou e quase nenhuma obra começou até então.
Parece que estamos há décadas do evento, tamanha é a lentidão das obras, até as declaradas iniciadas o ritmo é de tartaruga. Nenhuma construção pesada começou,  o que vemos é um desrespeito total aos papéis assinados e aos prazos estipulados pela entidade máxima do futebol.
A data final para a entrega dos estádios novos é dezembro de 2012, todos os responsáveis afirmam categoricamente que essa data será respeitada. Mas se levarmos em consideração os quase 4 anos que foram necessários para a construção do Engenhão, no Rio de Janeiro (último grande estádio construído no país), percebemos que a mão de obra brasileira vai ter que ser muito mais eficiente e rápida.
O prazo de dois anos para a construção de um estádio, padrão copa do mundo, é curtíssimo, requer um trabalho intensivo, sem paralisações e  grandes imprevistos. Esse prazo pode ser ainda mais apertado quando falamos de toda a infra estrutura necessária para o evento. Sistema de transportes, aeroportos, novas rodovias, investimentos em segurança, rede hoteleira, melhorias nos entornos dos estádios, etc.
Só de pensar que faltam apenas 3 anos para a Copa das Confederações já sinto até calafrios.

Espero e torço para que o Brasil não pague um "mico"  internacional sem precedentes na história.

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28/04/2010

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA


Depois de mais um tumulto envolvendo a venda de ingressos, o Ministério Público do Rio de Janeiro entregou ontem aos clubes cariocas, a SUDERJ - Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro; FFERJ – Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e as empresas BWA e IngressoMais, a minuta de um TAC - Termo de Ajustamento de Conduta, que tem como objetivo melhorar a venda de ingressos e o acesso dos torcedores ao estádio.
Tenho a honra de ter trabalhado como consultor na confecção desse TAC,  creio que se todas as medidas forem adotadas, não veremos mais confusões e tumultos nas vendas de ingressos bem como na entrada dos estádios do Rio de Janeiro.
Seguindo normas internacionais, o TAC é muito detalhista, com preocupações que vão desde todo o processo de venda, número de roletas por setor, tipo e informações que devem constar no ingresso, sinalização, número máximo de ingressos por guichês, número de pontos de venda, organização da entrada, etc...
Vale destacar alguns pontos:
  • Deverá existir um ponto de venda no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
  • Os pontos de venda deverão funcionar 8 horas por dia, obrigatoriamente fechando às 20h.
  • A cada 250 ingressos disponibilizados para a venda por dia, deverá haver um novo guichê, ou seja, se em determinado ponto forem disponibilizados 2500 ingressos para serem vendidos por dia, deverão existir 10 guichês atuando de forma independente.
  • Obrigatoriedade de venda de ingressos pela internet e telefone, sem a cobrança de taxas abusivas, podendo o torcedor escolher em receber o ingresso em casa ou retirar em qualquer ponto de venda.
  • O sistema de informática não poderá parar de funcionar por mais de 15 minutos por dia, individual e coletivamente considerados. 
  • As roletas deverão ser capaz de possibilitar a entrada de no mínimo 660 pessoas por hora, cada setor deve ter o número proporcional de roletas.
  • Todas as roletas deverão possuir sistema informatizado que permitam a apuração,  em tempo real,  da quantidade de pessoas que já entraram.
  • Todas as roletas e sistemas de informática deverão ser testados 24 horas antes dos jogos.
  • Os estádios deverão possuir acessos e roletas para que sejam capazes de completar a sua lotação em 1 hora, com tranquilidade.
  • Em cada setor do estádio deverá haver entradas exclusivas e essas entradas deverão ser fechadas assim que completarem a sua lotação.
  • O entorno do estádio deverá ser muito bem sinalizado, com mapas informando as entradas e as bilheterias.
Certamente o TAC será benéfico para todos. Os torcedores, finalmente, poderão comprar com tranquilidade  seus ingressos, sejam eles pela internet, telefone ou bilheterias sem filas.
Os acessos às entradas nos estádios serão muito mais tranquilos e seguros, evitando tumultos e grandes filas. 
Os clubes oferecerão um serviço de qualidade muito superior o que atrairá, seguramente, mais público aos jogos e consequentemente mais renda. 
As empresas responsáveis pela venda de ingressos, poderão fazer operações com custos muito mais baixos (internet e telefone) e seus nomes deixarão de estampar as manchetes a cada nova confusão.
Se todos entenderem desta forma, quem saí ganhando é o futebol carioca.
Fiquem a vontade para tirarem as suas dúvidas.


foto - globoesporte.com
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27/04/2010

PARABÉNS PACAEMBU

O Estádio do Pacaembu completa hoje 70 anos, mas já pensa no futuro. A prefeitura de São Paulo lançou um projeto de modernização. Além de uma ampla reforma, será construído um grande estacionamento, uma cobertura para as arquibancadas, camarotes e restaurantes.
Assista o vídeo do projeto.

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15/04/2010

INGRESSO DE VERDADE


A FIFA apresentou na última semana os ingressos para a Copa do Mundo de 2010. O ingresso é bem simples, mas possui todos os itens necessários para uma boa gestão do estádio e respeito ao torcedor.
Na África não existirão mais as velhas roletas, onde é necessário enfiar o ingresso, tornando o travamento constante. Todos os estádios terão roletas com o sistema de aproximação, ou seja, basta aproximar o bilhete no leitor que a roleta é liberada. Logo a frente, um orientador recolherá o canhoto do ingresso que permitirá ser feito uma verificação dupla de quantas pessoas passaram pelas roletas.
Todos os ingressos terão, de maneira bem visível, o nome do torcedor, o nome do estádio, o número do jogo, a data e hora da partida, o preço, a categoria do assento, o número e a fila do assento, a entrada específica daquele ingresso e, para facilitar ainda mais, existe um desenho/mapa do estádio mostrando a indicação do local na qual o bilhete dá acesso.
Para facilitar a localização dos seus lugares, os torcedores que forem aos jogos encontrarão um sistema de identificação bem eficiente. Todos os estádios foram divididos igualmente com as mesmas cores. Desta forma, placas, mapas, informativos e toda a sinalização seguirão esse padrão de cores e o torcedor que for a qualquer estádio, no país, saberá rapidamente como identificar a posição do seu assento através das cores amarela, azul, verde ou vermelho.
Para impedir a falsificação, os ingressos contam com códigos de barras, um holograma e marcas d`água impossíveis de serem copiadas ou escaneadas. Isso dificulta muito a ação dos falsificadores e permite uma rápida identificação da autenticidade, não precisando o torcedor chegar até a roleta para perceber que comprou gato por lebre.

Na parte posterior do ingresso estarão escritas todas as determinações e proibições em relação aos jogos da Copa do Mundo.

Podemos perceber que esses ingressos são muito diferentes dos utilizados nos estádios do Brasil. Quando será que toda essa “modernidade” chegará ao nosso país?
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12/04/2010

A GRAMA DO VIZINHO

O grande vilão desse final de semana no futebol inglês foi o gramado do estádio Wembley, onde ocorreram as semi-finais da Copa da Inglaterra - FA CUP. Quem asssistiu os jogos pode perceber a dificuldade que os atletas tinham em se manter de pé.
O gramado acabou dando uma ajudinha para a equipe do Portsmouth que marcou um gol após um escorregão do zagueiro adversário quando tentava impedir o chute do atacante Piquionne.
O antigo Wembley que era conhecido por ter um dos melhores gramados do mundo não deixou nem essa herança para o novo. A condição do gramado do novo estádio é um problema crônico. Desde a sua inauguração, em 2007, a grama já foi plantada 10 vezes.
*****
A FIFA também está preocupada com a condição dos gramados Sul Africanos. Pela primeira vez na história das Copas do Mundo, será utilizado um gramado misto. Na verdade o sistema desenvolvido pela empresa Desso Grass é uma mistura de grama natural com sintética.
O Desso GrassMaster System é composto de um gramado 100% natural adicionado de 20 milhões de fibras de gramas artificial. As fibras artificiais se entrelaçam com as naturais, servindo como uma ancora para segurar e dar estabilidade ao gramado.
O sistema será instalado, ainda esse mês, nos estádios Nelspruit (Mbombela) e Polokwane (Peter Mokoba) que estão com muitas dificuldades no plantio dos seus gramados.
*****
Com as arquibancadas cada vez mais perto do campo e coberturas sobre o gramado, é muito comum encontrarmos novos estádios com dificuldades de circulação de ventos e entradas de luz natural, tornando o crescimento da grama uma misão quase impossível.
Espero que os mesmos erros não se repitam aqui no Brasil.
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09/04/2010

SOLIDARIEDADE PELO RIO

O Clube dos 13, associação dos 20 maiores times do país, lançou uma campanha, muito legal, para ajudar as vítimas das enchentes no estado do Rio de Janerio. A campanha chamada de “Futebol pelo Rio” pede que os torcedores de todo Brasil que forem aos estádios levem alimentos não perecíveis, água potável, colchonetes, cobertores e roupas.Todas as doações serão enviadas as pessoas necessitadas. 
O São Paulo Futebol Clube também está recebendo doações no portão 01 do estádio do Morumbi, das 8 às 18h até domingo dia 11 de abril.
No meio de tanta tragédia a sua ajuda será fundamental.

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07/04/2010

PASSA A BORRACHA


Saindo um pouco da esfera futebolistica, vou falar de um outro esporte também encantador, o basquete. É realmente louvável o esforço que a Liga Nacional de Basquete - LNB está fazendo para resgatar o basquete brasileiro que viveu anos de abandono. O sucesso do campeonato nacional - NBB também é inegável.
Tudo corria muito bem com a Liga, até que eles resolveram criar um torneio entre times brasileiros e argentinos - Torneio Interligas. A competição que estava marcada para o Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, foi transferida para o o ginásio da ASCEB, devido a ameaça das equipes argentinas de não entrarem em quadra em razão do péssimo piso emborrachado do Nilson Nelson.
O piso feito de placas de borracha, utilizado em Brasília, é um problema antigo, todas as equipes do Brasil reclamam, as placas correm o risco de se levantarem e causarem sérias lesões nos atletas, o piso é muito duro forçando em demasia as articulações dos jogadores, as marcações feitas em fita adesiva constantemente mudam de posição, o quique da bola também é muito diferente, etc.
Mas é exatamente ai que mora o problema. Porque então esse piso, problemático e obsoleto, foi usado na final do NBB de 2009? Porque ele ainda foi usado no último domingo no jogo entre as duas principais equipes do Brasil? Será que o piso só não é bom para jogos internacionais, mas para as principais partidas do país ele é bom? Se uma equipe brasileira se recusar entrar em quadra, a partida também será transferida?
O problema é ainda maior, pois o regulamento da NBB não permite a utilização de tal piso e o regulamento vem sendo solenemente ignorado. Se nada for feito, muito provavelmente o Ginásio Nilson Nelson e seu piso emborrachado serão utilizados mais uma vez nas finais do NBB deste ano.
“V. Das responsabilidades das equipes participantes 
18.Das arenas de jogos 
n. As quadras de jogo deverão apresentar piso de madeira, 
   obrigatoriamente flutuante, sem qualquer saliência que possa 
   representar perigo à incolumidade física dos atletas, como pontas 
   de pregos, farpas de madeira, buracos ou ondulações. 
o. O piso da quadra não pode ter cor escura e as linhas demarcatórias 
   devem ser firmes e facilmente visíveis, respeitadas todas as 
   especificações da FIBA. “   
                                                       (regulamento NBB: 2009 -2010)
Para coroar isso tudo, o pequeno Ginásio da ASCEB, para onde os jogos do Torneio Interligas foi transferido, sofre com o mesmo problema de diversos ginásios do país e a primeira partida não pode ser finalizada devido a existência de diversas goteiras que molhavam a quadra.
Tomara que os dirigentes da Liga Nacional de Basquete se mostrem competentes mais uma vez, aprendam com os erros, façam valer o regulamento da competição e prestem muito mais atenção para as condições dos ginásios e arenas onde os jogos ocorrem. 
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30/03/2010

CLUBE DOS 30


O Avaí Futebol Clube marcou um gol de placa em seu estádio, a Ressacada. Na semana passada a diretoria do clube lançou o Clube dos 30. Um projeto inovador nos estádios brasileiros que promete trazer o consumidor corporativo para os jogos da equipe de Santa Catarina.
O Clube dos 30, consiste em uma área, de 200m², preparada para se fazer negócios e curtir os jogos de uma maneira diferente. Em um lounge bonito e moderno, com banheiros, bares, poltronas, TVs, etc., os empresários poderão levar seus clientes e outras empresas para fechar grandes acordos enquanto assistem as jogadas de Sávio e Cia.
As 30 empresas cotistas terão direito:
  • 10 (dez) poltronas personalizadas, mais 4 (quatro) credenciais;
  • 02 (duas) vagas no estacionamento;
  • Placa com a logo dos 30 parceiros nas principais áreas do estádio da Ressacada;
  • Direito de uso da marca “Clube dos 30”;
  • Banner no portal Avaí
  • 01 (uma) placa (6m X 1m) no CFA (Centro de Formação de Atletas)
Como sabemos que esse tipo de espaço é responsável por 40% das receitas de matchday dos estádios ingleses (post: MATCHDAY). Tenho certeza que o Clube dos 30 irá gerar muito boas receitas para o Avaí Futebol Clube
Saiba mais sobre o Clube dos 30 no vídeo.
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24/03/2010

COUTO PEREIRA ALEMÃO



Essas cenas acima ocorreram no último dia 13/03/10, ao final da partida entre Hertha Berlim e Nurenberg, exatamente no Estádio Olímpico de Berlim, palco da grande final da última Copa do Mundo.
Membros da facção organizada Ultra, enfurecidos com a última colocação na tabela do time de Berlim, resolveram invadir o campo, em uma simples demonstração de agressividade. Armados com barras de ferros e pedaços de pau, dezenas de pessoas proporcionaram cenas grotescas de destruição gratuita.
Os comissários de campo impotentes diante de tal demonstração de agressividade, recuaram permitindo que a invasão ocorresse. Ao invés de irem para uma situação de confronto os comissários correram para proteger a entrada dos vestiários, enquanto esperavam que a tropa de choque da polícia chegasse e expulsasse as pessoas da área do campo.
No final do incidente 4 polícias ficaram feridos, 25 pessoas foram presas, 23 pessoas foram banidas de todos os estádios do país e muitas serão processadas por vandalismo. A polícia local está analisando as imagens para tentar identificar todos que participaram da invasão e promete que todas também serão banidas dos estádios e processadas.
O Hertha Berlim foi punido com uma multa de €50.000,00 e somente poderá vender 25.000 ingressos (a capacidade total do estádio é de 74.200) para o próximo jogo em casa.
As imagens lembram muito a invasão ocorrida no Estádio do Coritiba, Couto Pereira e mais uma vez provam que problemas de vandalismo ocorrem tanto aqui quanto na Europa. Mas é muito importante se destacar, que lá na Alemanha, o reforço policial chegou em menos de dois minutos, nenhuma bala de borracha foi disparada, ninguém ficou gravemente ferido, os comissários ao invés de enfrentarem os invasores, fato que poderia gerar uma confusão generalizada, correram para proteger os jogadores e os árbitros e as punições aos baderneiros já começaram a ser aplicadas (25 presos e 23 banidos, por enquanto).

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19/03/2010

A ROLETA FICOU RUSSA


A Secretaria de Turismo Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro,  responsável pela a administração do Maracanã, deu um ultimato definitivo aos clubes Flamengo, Fluminense e Vasco, para que a estes se entendam com a empresa BWA, que hoje é encarregada pela confecção, venda e controle de entradas desses clubes, para esta parar, imediatamente, de operar no estádio do Maracanã.
A gota d`água para tal atitude, foi o fato ocorrido no último final de semana, no jogo entre Flamengo e Vasco. Das 103 roletas existente para entrada do público, apenas 15 funcionaram (5 do lado do Vasco e 10 do lado do Flamengo). O público presente no estádio foi de 37.104  pessoas e houve grandes tumultos na entrada. Imaginem o que teria acontecido se não tivesse chovido no domingo e tivessem comparecidos mais de 60.000 torcedores no estádio?
Depois de muitas promessas não cumpridas e confusões geradas pelo péssimo serviço da empresa, a Secretaria que não aguenta mais, bateu o pé. As próximas partidas pelo campeonato estadual do Rio já foram transferidas para outras praças. As finas do estadual e o restante da Copa Libertadores e Copa do Brasil correm um grande risco de serem disputados no Estádio Olímpico João Havelange ou no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Os torcedores a princípio podem até não estar gostando dessa atitude, mas pela primeira vez vemos que no Maracanã tem alguém que se preocupa com o torcedor. A atitude drástica teve que ser tomada, porque os clubes, que são os verdadeiros responsáveis por toda esta situação, pois  possuem contratos assinados com a BWA, sempre empurram os assuntos com a barriga e se isentam de qualquer culpa. Nunca tomaram nenhuma providência e ignoraram, solenemente, a qualidade dos serviços prestados aos seus torcedores.
Não é de hoje que vemos tumultos nas vendas de ingressos, reclamações com relação aos pontos de venda e sobre a comercialização via internet, isso sem falar nas constantes confusões e filas quilométricas nas entradas do estádio, devido ao mau funcionamento das roletas (falei sobre a confusão na entrada do jogo Flamengo e Grêmio no post DESCASO "HEXAGERADO").
Quando esses tumultos ocorrem, a culpa sempre recai sobre o estádio, mesmo quando esse não é o responsável direto. Na Europa, tive a oportunidade de conversar com gestores de grandes estádios e estes me informaram que prestam treinamentos constantes até para os funcionários das empresas tercerizadas. Afinal de contas, a preocupação com a jornada do torcedor é fundamental para que a experiência de ir a um evento esportivo seja inesquecível nas suas vidas.
Espero que dessa vez a Secretaria não volte a atrás e se mantenha firme na sua posição, pelo bem do torcedor. Mas uma vez é de se lamentar que tal atitude não veio dos clubes, que, a cada dia que passa, dão mais provas de que não se importam, nem um pouco, com seus torcedores.

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16/03/2010

OS MESMOS PROBLEMAS

Imaginem vocês um lugar onde os estádios são antigos, inseguros, sujos, as áreas corporativas e de hospitalidade são muito mal trabalhadas e as brigas entre “torcidas” organizadas são constantes. É lógico que estamos falando do Brasil,  pois errou, estamos falando da Itália e esses são os problemas que mais afugentam os torcedores italianos dos seus estádios. Temos aí uma prova cabal de que a presença de craques de primeira grandeza mundial e um campeonato competitivo, não são suficientes para atrair público para assistir os jogos ao vivo.
Os times italianos, apesar de serem considerados gigantes mundiais, apresentam ganhos muito baixo advindos dos seus estádios, o que prejudica muito o total de arrecadação. Os melhores clubes da Itália aparecem somente na oitava, nona e décima posições na lista dos 20 clubes com maior faturamento do mundo na temporada 2008/2009, em um estudo anual publicado pela Delloite. De acordo com a publicação, se os clubes italianos não melhorarem urgentemente as receitas de matchday (oriundas dos estádios nos dias de jogos), eles terão dificuldades de se manterem na lista dos maiores do mundo.
Para efeito de comparação o Newcastle United, que foi rebaixado na temporada 2008/2009, faturou em receitas de matchday €34 milhões, ficando a frente de todos os clubes italianos, que apresentaram os seguintes faturamento: AC Milan €33,4 milhões; Internazionale €28,2 milhões; AS Roma €18,8 e Juventus €16,7 milhões (vide post: MATCHDAY, onde falei sobre o bom desempenho dos clubes ingleses). 
Outro grande problema que se assemelha aos nossos, diz respeito a baixa taxa de ocupação dos estádios italianos. Na lista da Delloite, os italianos aparecem com os piores resultados também nesse quesito.
Os clubes da Itália jogam as principais competições do continente e tem grandes jogadores, mas por não trabalharem bem os seus estádios sofrem com as baixas médias de público. Gigantes como Roma, Milan e Internazionale obtiveram taxas de ocupação dos seus estádios de apenas 50%, 52% e 66% respectivamente, na temporada 2009/2010 (análise feita até 20 de janeiro de 2010).
Mas os italianos já estão se mexendo. A Juventus está construindo um novo estádio, com previsão de inauguração em 2011 (post: DESIGN ITALIANO), a Roma, Fiorentina e até a Internazionale, que joga no mítico Giuseppe Meazza, tem projetos de construção de novos estádios. A federação de futebol do país, depois de ter perdido a disputa para sediar a Euro 2012 para Ucrânia-Polónia, já oficializou a candidatura para receber a Euro 2016. A competição servirá principalmente para reformar os estádios do país, como declarou o presidente de federação, Giancarlo Abete: “A Euro 2016 representa uma oportunidade histórica para transformar a qualidade, segurança e ambiência dos estádios italianos.”
Como podemos perceber, os problemas dos estádios italianos são muito parecidos com os nossos, mas lá esses problemas já foram detectados e vemos que eles caminham para a transformação. Quando será que os gestores do nosso futebol vão perceber a importância dos estádios? Mas uma vez volta a reflexão do post anterior. Será que uma gestão profissional e específica para os estádios não poderia vir a ser a salvação do futebol brasileiro? 



Foto do banheiro do estádio Giuseppe Meazza, onde jogam AC Milan e Internazionale.
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