19/02/2016

SERIA O FLA X FLU DOS SONHOS, PENA QUE NÃO VAI ACONTECER


Domingo é dia de FLA x FLU, e o clássico mais charmoso e com mais história do País será disputado em Brasília no caro Mané Garrincha, pois os clubes estão sem estádio para jogar em 2016, tendo em vista que Engenhão e Maracanã estão sendo preparados para os Jogos Olímpicos, mas não seria a hora de uma parceria entre os 2 gigantes para ter seu estádio?

Venho a algum tempo elogiando as administrações de Eduardo Bandeira de Mello e Peter Siemsem que estão na vanguarda do futebol brasileiro, adaptando seus clubes para uma nova etapa de profissionalismo no futebol brasileiro, e certamente em pouco tempo trarão resultados concretos para ambos. Por estarem com o pensamento alinhado acredito que não havia melhor momento para ampliar a relação entre os clubes e ter uma “casa provisória compartilhada”.

Tal iniciativa teve enorme sucesso no ano de 2005 quando Flamengo e Botafogo num projeto idealizado por João Henrique Areias mandaram seus jogos no estádio da Portuguesa da Ilha que foi remodelada para receber os gigantes e ainda ganhou um contrato de Naming Right passando a se chamar Arena Petrobrás. Chegou-se inclusive a ser ensaiada uma reedição deste projeto desta vez envolvendo o trio FLA, FLU e BOTA, mas não se sabe ao certo o motivo de não ter evoluído.

Penso que o estádio da Ilha seria a melhor solução, pois tem fácil acesso de diversas zonas da cidade e região metropolitana o que contribuiria para ter a casa cheia, além disso, poderia ser montada uma operação de mobilidade para dias de jogos em parceria com a SMTR (Secretária municipal de trânsito), criando-se bolsões de estacionamento e linhas específicas de ônibus em dias de jogos saindo de diversos pontos com destino a Arena, a operação inclusive poderia futuramente se estender a Maracanã e Engenhão.

Esta parceria seria responsável também por gerar lucratividade com a venda de Naming Right, negociação direta com fornecedores de catering e controle de acesso, negociar contratos livremente, e utilizar o ambiente com autonomia entregando ativações que possibilitem contato com os patrocinadores melhorando a relação num momento de crise, são somente algumas vantagens que os clubes alcançariam, isso sem contar com o ganho técnico, pois os jogadores se cansariam menos com infindáveis viagens e a perda de força no mando de campo.

É público e notório que o Consórcio Maracanã está descontente com os termos atuais do contrato e em vias de devolver o estádio ao poder público, que por sua vez também não pretende ficar com a operação do moderno equipamento, sendo também de conhecimento público que a dupla FLA x FLU pretende assumir a operação em parceria com a CSM. Desta forma este ano poderia servir como uma espécie de laboratório para se testar diversas operações, ajustar problemas que inevitavelmente acontecerão, e principalmente materializar um prejuízo considerável que ambos vem sofrendo com o envolvimento de um terceiro na operação atual. Seria o FLA x FLU dos sonhos, pena que provavelmente não irá acontecer neste ano, quem sabe em 2017 na casa que sempre foi deles.

POR MARIO BINI

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