20/05/2013

UM EXÓTICO LEGADO DA GUERRA FRIA

Mmabatho Stadium conta com um dos
mais exóticos projetos arquitetônicos
 Você está habituado a ver por aqui os detalhes e conhecer o que há de mais moderno no universo das arenas esportivas, entretanto desta vez, resolvemos mostrar uma solução (não muito eficaz) para as dificuldades impostas pelas necessidades de um projeto, até então inovador. 

O ano era 1981 e a cidade de Mafikeng, na África do Sul, celebrava a inauguração do Estádio Mmabatho, um dos maiores do país e tido como um dos mais modernos. Sua estrutura peculiar dava um ar imponente e justificava a fama de inovador, mas o que se temia acabou se tornando realidade. Hoje o local é mais conhecido por sua excentricidade do que pela sua eficiência.

O projeto russo tinha conceito de modernidade para a época
 Passados 32 anos a arena esportiva, que basicamente recebe partidas de futebol, segue de pé e em pleno funcionamento. Como era de se imaginar o mesmo não foi utilizado na Copa do Mundo realizado naquele país em 2010 e hoje é considerado um dos mais estranhos estádios do mundo. 

Projetado por arquitetos russos, em plena Guerra Fria, a ideia original era mostrar que esses profissionais estavam a frente de seu tempo e assim mostrar aos sul africanos a qualidade dos serviços desenvolvidos na então União Soviética, e de quebra, fazer uma propaganda do sistema governamental daquela região. 

A arena desde que foi inaugurada tem capacidade para receber 59.000 torcedores, que são distribuídos em diversos setores, identificados por cores, que são arquibancadas em forma de rampas e duas grandes áreas centrais que recebem a maior parte dos fãs.

Apesar de não contar com um formato tradicional, nem ser muito recomendado, o Mmabatho Stadium ganhou fama internacional por ser um dos mais estranhos palcos do esporte mundial. Até hoje existem diversas teorias para a construção em forma de tabuleiro, porém a que mais é aceita e difundida é a de que os arquitetos queriam inovar para mostrar a eficácia soviética. Pode-se dizer que eles realmente conseguiram ser inovadores...

*Por Rodrigo Calvoso






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