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18/03/2016

UM NOVO JEITO DE ASSISTIR SEU TIME





Neste inicio de ano todos tem acompanhado a disputa entre Esporte Interativo e Globo pelos direitos de transmissão de TV fechada do campeonato brasileiro, todavia mais breve do que muitos imaginam os concorrentes terão que se reinventar, pois ganharão uma concorrência que possivelmente causará uma revolução no mercado, grandes portais e o Facebook também querem entrar na brincadeira.

 A chegada das smartTV e o sucesso do Netflix que consolidou as transmissões em streaming como um grande negócio de alcance mundial, fez surgir o interesse nos principais players do mercado de utilizar a tecnologia para o esporte. Sendo assim, o primeiro case não poderia vir de outro lugar que não a terra do Tio Sam, e em outubro/2015 o portal Yahoo transmitiu gratuitamente pela primeira vez uma partida da NFL via web, a partida entre Buffalo Bills e Jacksonville Jaguars também marcou a chegada de uma plataforma do portal totalmente dedicada à liga, contendo estatísticas, conteúdos diários, cenas de bastidores e conteúdos exclusivos produzidos pela própria NFL.

O resultado positivo da experiência despertou interessou de gigantes como Google, Amazon, Facebook e Apple, que atualmente disputam o disputam o licenciamento de jogos para prestadores de serviços online. O Facebook percebendo o volume de dados e os debates que giram em torno do esporte lançou recentemente uma plataforma para estimular as interações, o FACEBOOK SPORTS STADIUM, ambiente dedicado à troca experiências em tempo real para fãs do esporte que permite interações sobre os jogos em ordem cronológica. Através desta ferramenta o público pode interagir com amigos, comentaristas, especialistas no assunto, jornalistas, times e ligas, além de receber estatísticas e informações relevantes, acompanhar placares e etc.

A primeira experiência não foi muito boa, pois os usuários reclamaram um pouco da lentidão para atualização, mas é certo que isso será otimizado num futuro próximo, e creio ser mais certo ainda que em breve as transmissões em streaming, principalmente em redes sociais serão o principal veiculo de distribuição de conteúdo esportivo, pois neste ambiente, além de assistir, o torcedor deixa de ser espectador, para se tornar parte do evento, pois pode se comunicar com os envolvidos já citados anteriormente, além de poder obter conteúdo informativo a seu gosto. Cada vez mais irão ser desenvolvidas formas de dialogo em tempo real entre os atores do mercado e seus fãs, e a TV em seu ambiente padrão não permite tal instantaneidade, o que provavelmente tornará obsoleto o modelo atual de transmissão.


O esporte é um grande veiculo de comunicação entre as pessoas, pois movimenta paixões, redes sociais são um local onde as pessoas compartilham seus momentos, paixões e experiências, portanto nada mais natural do que a conexão entre ambos para aproximar cada vez mais essa relação de amor com seu clube e esporte. O Netflix abriu as portas, e o esporte certamente será responsável por transformar transmissões em streaming num significativo mercado, é bom as emissoras de TV abrirem os olhos se não quiserem ficar de fora em pouco tempo!  

*Por Mario Bini
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25/02/2016

DA PRA FAZER BEM FEITO, BASTA QUERER!




Aproveitando o gancho da última coluna onde falei sobre a falta de planejamento, desorganização e tomadas de decisão que não privilegiaram a indústria do esporte, ao construir as Arenas da Copa do Mundo FIFA 2014, acho importante complementar o tema destacando como desenvolver um projeto com bases sólidas para construção de equipamentos que se tornem cases de sucesso.


Para uma Arena se tornar rentável e ser de fato a nova casa dos torcedores não basta simplesmente uma nova construção arquitetônica bonita e confortável, é necessário também planeja-la observando alguns requisitos, que vão desde o local até a definição de acordos comerciais e operacionais, que futuramente irão impactar nos resultados esportivos e financeiros do empreendimento.


Seguindo este conceito, no momento em que se decide o local onde será erguida a Arena, é necessário uma análise minuciosa sobre a acessibilidade no entorno, caso se constate que a mobilidade urbana seja ineficiente, é necessário criar uma operação conjunta com governo e parceiros para que essa deficiência não seja responsável por afastar o público, como acontece atualmente no Engenhão. Uma alternativa seria o desenvolvimento de rotas específicas saindo de variados pontos das cidades e regiões metropolitanas com destino direto para o estádio, e a criação de bolsões de estacionamento. Dependendo do acerto envolvido, essa solução pode inclusive se tornar uma nova fonte de receita para o match day. Outro ponto positivo desta implementação é que ela pode também se tornar peça chave para atrair grandes eventos.


Fato ignorado no Brasil e de crucial importância é o desenvolvimento de pesquisas destinadas a análise de perfil da torcida, ao adquirir conhecimento sobre seu público deve-se praticar a setorização dos assentos e espaços no interior do estádio. Não sou adepto da elitização das Arenas excluindo-se o torcedor menos abastado, até por que em alguns casos eles compõem parte relevante das torcidas. Acredito que conhecendo seu público serão criados setores que atendam a todos, desde as “gerais” até camarotes e áreas vips, a diferença é que tendo informação precisa sobre o perfil de sua torcida, a distribuição de assentos em cada setor será eficiente e atenderá a realidade.  


Aplicando-se a mesma tática de pesquisa para adquirir conhecimento, devem ser analisados o entorno e a cultura local para definir o desenvolvimento dos tão falados “espaços multiuso”. Se a arena encontra-se próxima a aeroporto, pode ser interessante a previsão de um hotel no projeto, ou restaurantes caso seja uma área empresarial, e espaços comerciais sendo uma área residencial. Importante ouvir a população que habita ou frequenta o entorno diariamente, saber suas carências, anseios e construir algo que seja funcional e permita arrecadação diária, é fundamental que este trabalho seja desenvolvido em fase de projeto, pois cada ambiente tem dimensões diferentes e será mais oneroso alterar o projeto inicial após o início das obras.


É relevante também que o projeto privilegie a conectividade, sendo obrigatório acesso a internet de qualidade. O volume de dados, informações e conteúdo que o esporte movimenta é gigantesco, permitir interações em tempo real é o mínimo que se espera de uma operação inteligente, além de fazer uso da tecnologia como ferramenta para melhorar a experiência do torcedor, seja através de apps com serviços e entretenimento, ou de softwares de gestão.



Por fim também, mas não menos importante é crítico que se façam acordos comerciais e operacionais eficientes. Na grande maioria das vezes os clubes não possuem condições de construir e operar seu próprio estádio, e acabam recorrendo a terceiros, prática habitual, e talvez a mais coerente tendo em vista que espera-se que os parceiros escolhidos tenham competência para desempenhar tais funções, todavia é necessário muita cautela ao alinhar essas parcerias para não ter surpresas futuras, não foram poucos os casos em que vimos os clubes insatisfeitos com as condições previamente acordadas.
 
Resumindo, dá pra fazer bem feito, ter a casa cheia, gerar lucro e fazer do estádio seu grande aliado na concepção moderna de se fazer futebol, não dá é pra fazer da forma como foi feito em diversos casos e achar que vai dar certo. Ninguém está inventando a roda, basta analisar o que é sucesso e aplicar conceitos difundidos universalmente, sem desrespeitar as peculiaridades do público, torcida e região, pois são eles os clientes que movimentam esse negócio.
*Por Mario Bini
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24/02/2016

MULTIÚSO?


Inevitável não entrar no tema desde a noticia que o Flamengo desistiu de mandar seu jogo, pela Primeira Liga na Arena Pantanal devido ao estado de conservação em que se encontra.

Inaugurada em abril de 2014 atendendo a todos os requisitos para uma operação FIFA, a Arena que sediou 4 jogos da Copa do Mundo atualmente não está apta a receber jogos de futebol da Primeira Liga, isso ao custo de aproximadamente 600 milhões de reais.

A justificativa para a construção do moderno equipamento num estado que não é um grande centro esportivo, foi à aplicação do conceito multiuso, dando uma destinação alternativa para a Arena durante o ano, e a possibilidade de trazer alguns jogos de grandes clubes para o Estado, todavia nota-se pelo estado em que se encontra atualmente que nada anda sendo feito por lá.

O Brasil teve uma bela oportunidade de alavancar a indústria do esporte em 2014, mas a começar pelas escolhas de algumas Cidades-sede nota-se que não houve planejamento algum para aproveitar a situação, senão vejamos, não seria muito mais coerente reduzir o numero de sedes e construir as Arenas em cidades/estados que tenham futebol e publico para utilização das arenas durante todo o ano? Se esse princípio básico fosse adotado como critério, certamente Brasília e Cuiabá dariam vez a Goiânia, e Manaus seria substituída por Belém, que embora atualmente não esteja com futebol tão aquecido, possui 2 clubes de muita tradição, Remo e Paysandu, e a tal justificativa do conceito multiuso também seria muito mais coerente nesses centros, já que ela não seria a única responsável por gerar receita e operação, dividiria com o futebol essa responsabilidade.

Outro ponto que deixou a desejar foi à realizaçãoo de pesquisas e estudos sobre as torcidas e seu comportamento, o que permitiria uma setorização mais adequada dos assentos disponíveis para utilização pós Copa do Mundo. Também foi deixado de lado uma análise sobre a cultura local e o entorno, certamente tal avaliação iria impactar no desenvolvimento dos espaços multiuso, tendo em vista que estariam adaptados a realidade local, e teria uma correta destinação, gerando receita, ocupação e atividades que além de aquecer a economia local iriam beneficiar efetivamente a população, e neste momento sim adequado ao conceito multiuso.

Infelizmente foram levados em conta fatores que não o desenvolvimento do futebol como indústria, e o desenvolvimento econômico e social das regiões onde foram construídos ou reformados, e estas duas premissas eram fundamentais para um projeto bem intencionado de utilizar o esporte e um mega evento como mote para o desenvolvimento e modernização do País.


*Por Mario Bini
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19/02/2016

SERIA O FLA X FLU DOS SONHOS, PENA QUE NÃO VAI ACONTECER


Domingo é dia de FLA x FLU, e o clássico mais charmoso e com mais história do País será disputado em Brasília no caro Mané Garrincha, pois os clubes estão sem estádio para jogar em 2016, tendo em vista que Engenhão e Maracanã estão sendo preparados para os Jogos Olímpicos, mas não seria a hora de uma parceria entre os 2 gigantes para ter seu estádio?

Venho a algum tempo elogiando as administrações de Eduardo Bandeira de Mello e Peter Siemsem que estão na vanguarda do futebol brasileiro, adaptando seus clubes para uma nova etapa de profissionalismo no futebol brasileiro, e certamente em pouco tempo trarão resultados concretos para ambos. Por estarem com o pensamento alinhado acredito que não havia melhor momento para ampliar a relação entre os clubes e ter uma “casa provisória compartilhada”.

Tal iniciativa teve enorme sucesso no ano de 2005 quando Flamengo e Botafogo num projeto idealizado por João Henrique Areias mandaram seus jogos no estádio da Portuguesa da Ilha que foi remodelada para receber os gigantes e ainda ganhou um contrato de Naming Right passando a se chamar Arena Petrobrás. Chegou-se inclusive a ser ensaiada uma reedição deste projeto desta vez envolvendo o trio FLA, FLU e BOTA, mas não se sabe ao certo o motivo de não ter evoluído.

Penso que o estádio da Ilha seria a melhor solução, pois tem fácil acesso de diversas zonas da cidade e região metropolitana o que contribuiria para ter a casa cheia, além disso, poderia ser montada uma operação de mobilidade para dias de jogos em parceria com a SMTR (Secretária municipal de trânsito), criando-se bolsões de estacionamento e linhas específicas de ônibus em dias de jogos saindo de diversos pontos com destino a Arena, a operação inclusive poderia futuramente se estender a Maracanã e Engenhão.

Esta parceria seria responsável também por gerar lucratividade com a venda de Naming Right, negociação direta com fornecedores de catering e controle de acesso, negociar contratos livremente, e utilizar o ambiente com autonomia entregando ativações que possibilitem contato com os patrocinadores melhorando a relação num momento de crise, são somente algumas vantagens que os clubes alcançariam, isso sem contar com o ganho técnico, pois os jogadores se cansariam menos com infindáveis viagens e a perda de força no mando de campo.

É público e notório que o Consórcio Maracanã está descontente com os termos atuais do contrato e em vias de devolver o estádio ao poder público, que por sua vez também não pretende ficar com a operação do moderno equipamento, sendo também de conhecimento público que a dupla FLA x FLU pretende assumir a operação em parceria com a CSM. Desta forma este ano poderia servir como uma espécie de laboratório para se testar diversas operações, ajustar problemas que inevitavelmente acontecerão, e principalmente materializar um prejuízo considerável que ambos vem sofrendo com o envolvimento de um terceiro na operação atual. Seria o FLA x FLU dos sonhos, pena que provavelmente não irá acontecer neste ano, quem sabe em 2017 na casa que sempre foi deles.

POR MARIO BINI
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16/02/2016

SUPER BOWL, MAIS QUE UM MEGA EVENTO, UM MEGA CONCEITO!


O ponto chave de sucesso que o Super Bowl atingiu ao longo dessas 50 edições é a visão norte americana de encarar o esporte como entretenimento e o torcedor como consumidor, seguindo esta filosofia tudo é cuidadosamente planejado para proporcionar aos espectadores uma experiência inesquecível desde o momento em que ele decide ir a um evento esportivo.

Este conceito introduzido e difundido ao longo dos anos acabou por impactar positivamente na indústria do esporte resultando na construção e reforma de vários estádios para se adaptarem a esta nova realidade, sendo exemplo claro disso a escolha do moderníssimo Levi´s Stadium como casa do mega espetáculo na sua 50ª edição. Inaugurado em 17 julho de 2014 esse colosso da arquitetura esportiva foi totalmente projetado visando adequação a este conceito, cabe destaque o acordo de Naming Right fechado com a marca que dará nome ao estádio por 11 anos em troca de 220 milhões de dólares.

Inaugurada a um custo de 1,3 bilhões de dólares a arena possui 1200 antenas de wifi que proporcionam a cada um dos 75.000 espectadores uma internet de qualidade para que eles possam publicar, compartilhar e postar a vontade antes mesmo de sua chegada, já que este moderno sistema permite acesso até uma distância de 1,5 Km do estádio. Ainda no tocante a conectividade o app oficial do estádio oferece uma experiência ímpar, sendo um caso que merece menção a parte já que neste ambiente o torcedor pode comprar tickets, estacionamento, lanche, obter informações sobre o trânsito, compartilhar conteúdo e acessar estatísticas, tudo isso em tempo real.

No quesito segurança um sistema inovador de vídeo-vigilância é responsável por compartilhar em tempo real com a polícia local tudo que acontece no interior e nos arredores, através de câmeras, feed de transporte e conectividade com redes sociais.
Não bastasse todo esse aparato, ainda temos as ações implementadas para o Super Bowl que vem sendo planejadas pelo comitê organizador desta edição a aproximadamente 3 anos numa operação semelhante a Copa do Mundo e Olimpíadas. Pela primeira vez na história este comitê foi patrocinado por 3 gigantes da tecnologia que além do investimento entregarão também seu core business como parte do patrocínio, desta a forma a Google criou o app oficial do evento o Road to the 50 que disponibilizou features de informações relevantes para quem esteve na região, como locais de alimentação, condições de trânsito, opções de transporte e um serviço de ônibus dentro de São Francisco para facilitar a mobilidade. O Uber será o transporte oficial do evento, e seus veículos além de significativos descontos também terão acessos a áreas exclusivas, a Apple por suas vez terá conteúdo premium on the demand na Apple Tv após o evento.

Como se não bastasse todas as interações mencionadas acima, quem não pôde desembolsar a significativa quantia de aproximadamente de 5 mil dólares para assistir a este espetáculo não ficou de fora da “brincadeira”, na semana que antecedeu o evento foram criados o Super Bowl City e o NFL Experience ambientes onde por tickets com valores bem mais em conta, algo em torno de 25 dólares os visitantes teriam acesso à shows, exposições e festas relacionadas ao Futebol Americano e o Super Bowl, para finalizar ainda foram disponibilizados óculos de realidade virtual onde os torcedores teriam projeções como se fossem os próprios ídolos entrando em campo para disputar uma partida decisiva!

Atualmente este mega evento é adorado pelo público e consequentemente pelo mercado publicitário que pagou cerca de 5 milhões de dólares por 30 segundos de exposição durante o intervalo, além disso grandes empresas de tecnologia estão desenvolvendo novas formas de relacionamento no mercado publicitário, pagando caro para oferecer seus serviços como parte oficial do evento, casos de Apple, Google e Uber que já foi inclusive tema de outra coluna por sua abordagem no mercado esportivo (http://estadiosearenas.blogspot.com.br/2016/02/uber-sucesso-no-marketing-esportivo.html), e quem acha que para por aqui é só aguardar o ano que vem, pois certamente novas ações, parcerias e muita interatividade serão disponibilizadas, sendo cada vez mais presente a tecnologia como mecanismo de alta relevância nesses mega eventos.

Podemos concluir que o conceito norte americano de transformar o esporte em entretenimento e tratar o torcedor como consumidor criou um “monstro”, exemplo a ser seguido em todo mundo, analisando toda a operação do Super Bowl é nítido que foi realizado um trabalho ano após ano ao longo das 50 edições para melhorar a experiência em relação à edição anterior, muito planejamento envolvido e inúmeras experiências com as mais variadas percepções são disponibilizadas atualmente. A NFL soube construir o objeto de desejo da maioria dos Norte Americanos e expandiu isso para todo o mundo.

Por Mario Bini
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04/02/2016

A RESERVA MAIS TITULAR QUE O MARKETING ESPORTIVO JÁ VIU


Seguindo a mesma filosofia do Uber, a Reserva aposta num formato mais moderno e arrojado para entrar no universo do marketing esportivo, ao invés de apostar no tradicional patrocínio e estampar sua logo nos uniformes de jogo, a marca que tem em seu DNA inovação não fugiu as origens e agora além de dar nome o banco de Reserva s(sim, no singular!) do Maracanã também veste as peças de viagem desde a cueca do Red Bull Brasil, será que a escolha do time foi por acaso ou vocês também enxergam sinergia com a marca que da nome ao time?

A evolução do marketing esportivo para se adaptar a um público cada vez mais exigente é facilmente constatado se analisarmos que alguns anos atrás se investia somente em patrocínio único, depois esse patrocínio além de ser dividido, também passou a ser ativado para expandir o alcance e aderência com o publico, agora notamos que algumas empresas, não a toa as líderes de mercado, fazem da ativação seu patrocínio, e utilizam seu próprio serviço como forma de associar a marca ao esporte.

Apostando nesse conceito inovador a marca que vem revolucionando o mercado da moda no País iniciou sua caminhada nesse universo numa parceria inédita dando nome ao banco de Reserva s do Maracanã, nada mais Reserva do que aproveitar a feliz coincidência de seu nome estar inserido no universo futebol e criar uma nova propriedade. Para completar o ciclo e fazer deste patrocínio uma aula de como se deve ativar seus investimentos foi criada uma linha de produtos com tema Maracanã.

Dando sequencia nesta filosofia foi anunciado no início da semana que agora a marca é responsável pelas peças de viagem, desde a cueca da Delegação do RBB (Red Bull Brasil), certamente o clube que ainda não figura entre os principais do Brasil atingirá destaque pelo menos no quesito moda.

Analisando o perfil da marca que da nome ao time, acredito que essa escolha não foi por acaso tendo em vista que a Red Bull tem o mesmo DNA de inovação, sendo responsável inclusive por criar modalidades esportivas como o Red Bull Air Race. Se der certo, podemos estar presenciando o nascimento de algo muito maior devido ao alcance e sinergia que as marcas possuem, vamos aguardar.
A conclusão é que o esporte nunca esteve tão em voga e as formas de conversar com o público utilizando esta plataforma se multiplicam com velocidade, basta escolher qual se adequa melhor ao seu perfil, ou quem sabe criar uma nova!

Por Mario Bini
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03/02/2016

UBER, SUCESSO NO MARKETING ESPORTIVO TAMBÉM


O Aplicativo Uber realmente tem uma proposta diferenciada, o serviço de motoristas que causou grande polêmica ao desembarcar no Brasil e foi recebido literalmente com pedras na mão pelos taxistas, chegou ao universo do marketing esportivo com força e mais uma vez está inovando, seria muito bom que patrocinadores e patrocinados prestassem atenção nas ações implementadas, perfeitas a meu ver.

Com o objetivo de oferecer uma experiência personalizada ao transportar as pessoas que necessitam se locomover diariamente nas grandes cidades, o Uber aposta no próprio serviço para aumen|tar sua visibilidade se inserindo no universo do marketing esportivo através de ativações que oferecem exatamente seu core business, uma experiência inesquecível.

Fãs do Chelsea em diversas cidades do mundo receberam no último dia 22 as novas camisas oficiais 5 dias antes do lançamento, transporte gratuito de torcedores que possuam ingresso para o Super Bowl 50, serviço oficial de transporte do Parc Olympique Lyonnais (nova casa do Lyon) integrado ao app oficial do estádio com acesso a área exclusivas de embarque e desembarque, e torcedor do Cruzeiro recebendo o novo reforço Sánchez Miño no aeroporto num veículo da empresa, são alguma das ações implementadas pela empresa nos últimos meses.

Ao invés de investir alguns milhões e estampar sua marca na camisa de um grande clube, e ser mais um patrocinador do esporte, a empresa fez uma aposta interessante valorizando justamente o que vende, uma experiência diferenciada para deslocamentos.

Cada vez mais clubes, estádios, eventos e até mesmo patrocinadores são obrigados a oferecer novos serviços, experiências e ativações a um público cada vez mais exigente, desta forma o Uber fez o caminho inverso e associa sua marca ao esporte como parceiro destes players que buscam estreitar essa relação com o público, ou seja a empresa se posicionou como garantidora de ações que priorizam o relacionamento.

Além do investimento diferenciado para estar presente no esporte, esta nova modalidade de “patrocínio” permite as empresas participar de momentos únicos na vida dos torcedores, sem sofrer rejeição de rivais por estar associada exclusivamente a determinada agremiação por exemplo. Neste novo conceito o que se oferece é exatamente o serviço prestado, no caso pelo Uber como objeto desejo e disputa.

O patrocínio tradicional nunca deixará de existir, mas novos públicos e novos hábitos demandam criatividade e novas formas de se relacionar, o Uber enxergou isso muito rápido e está aproveitando muito bem a oportunidade, quem será o próximo?

Por Mario Bini
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02/02/2016

EXPERIÊNCIA NFL



Na semana do Super Bowl 50 vamos publicar o relato, da experiência, do nosso colaborador Eduardo Barros assistindo, ao vivo, a um jogo da última temporada regular da NFL:

Cleveland Brows

Sábado, dia 26 de setembro de 2015, recebi uma ligação de um grande amigo, me convidando para ver o jogo de futebol Americano do Cleveland Browns contra o Oakland Raiders no dia seguinte. Confesso que não sou fã de futebol Americano, mas aceitei o convite. Seria uma ótima oportunidade de aproveitar um fim de semana de tempo bom, com temperatura amena (25oc) e sol, podendo ser o último  antes do frio chegar de vez a Ohio.

No domingo, fui buscar meu amigo para irmos ao jogo, chegamos cedo, sem necessidade, pois  não precisaríamos entrar em fila para comprar o ingresso.  Aqui, nos EUA, os ingressos são comprados em sua grande maioria pela internet e não precisam ser retirados na bilheteria do estádio. No caso do meu amigo, ele comprou o “season pass”, como é chamado aqui, um pouco parecido com o programa sócio torcedor no Brasil. Ele paga por todos os jogos antecipadamente e recebe os ingressos em casa.
A temporada regular de futebol Americano tem 16 jogos por equipe, 8 em casa e 8 fora. Os melhores times de cada divisão avançam para os playoffs. Como são poucos jogos por temporada, e cada cidade so tem um time, então os estádios estão sempre lotados.  As equipes de Cleveland tem um carma de nunca terem vencido nos 3 esportes principais nos EUA, que são: o Futebol Americano, Beisebol, e Basquete. Porém, a população aqui adora esportes, diferente de outras cidades, como Miami, onde muitos jogos estão sempre vazios, por preferirem ir à praia a outros programas. Sabendo disso, fiquei impolgado em ir à partida de futebol Americano em um estádio confortavelmente cheio e com o público animado.

A maior dificuldade é para estacionar o carro, sendo um problema crônico em todas as cidades no mundo que sediam um evento importante. Paramos o carro um pouco distante do estádio, sendo relativamente mais barato que perto deste. Às vezes chegamos a pagar mais para estacionar o carro que pelo ingresso da partida...

Não acompanho tão de perto a temporada, moro em Ohio há 17 anos, e a equipe do Cleveland Browns só chegou aos playoffs uma vez nesses últimos 17 anos. Porém a torcida é muito apaixonada, com músicas ensaiadas, e torcida uniformizada.

Já conhecia o estádio, moderno e amplo, como diríamos no Brasil, um estádio padrão FIFA, com lojas, elevador, escada rolante e restaurantes. Porém, ao lado do lago Eire, que congela no inverno. Portanto, para quem não gosta de frio, só dá para acompanhar os jogos do Cleveland Brown até o mês de setembro.  

Entramos no estádio, passamos pela revista dos seguranças, sendo muito parecido com todos os estádios. Após isso, fomos de escada rolante até o quinto andar, onde eram nossos assentos. Antes disso, pausa para comprar um saco de amendoim e um copo de refrigerante, sendo este refill, e vinha  escrito “Cleveland Brows” e com desenho dos jogadores. Aqui, muitos torcedores tem o “season pass”,  então vão a todos os jogos e sentam-se nos mesmos assentos. Portanto meu amigo ja conhecida boa parte dos torcedores que sentaram perto da gente. Assim que cheguei ao assento, ouvi aquele, “oi tudo bom, como você está?” .

Começou o jogo, e como era de se esperar a equipe do Cleveland começou perdendo, aliás a equipe da casa não chegou a liderar nenhum momento da partida. Sempre achei o jogo chato e monótono.  Meus poucos amigos brasileiros que gostam do esporte se irritam comigo quando  comparo o futebol Americano ao “pique bandeira”, brincadeira de infância, no playground do prédio que morava. No “pique bandeira”, eu pegava a bandeira, que muitas vezes era um chinelo improvisado, e  tinha que trazer de volta para o meu campo, sem que o adversário me pegasse. No futebol Americano é bem parecido, temos que levar a bola até o final do campo do adversário,  sem que ele nos pegue, para assim conseguir o que eles chamam de touchdown. O problema é que o futebol Americano, assim como os esportes em geral aqui, param muito. A quantidade de tempos que cada treinador tem é absurdo, além de parar para trocar o time de defesa pelo time de ataque e quando o juiz marca alguma penalidade para explicar ao público o que ele marcou.

No intervalo, fui comprar, ou melhor, pedir meu segundo copo de refrigerante quando vi uma cena inusitada: Um policial aplicando uma multa a um torcedor que estava na fila, bem a minha frente com a camisa do Oakland Raiders, por estar fumando, algo terminantemente  proibido aqui. Não consegui descobrir o valor da multa, mas fiquei feliz por ver as leis serem respeitadas.


No segundo tempo, o jogo melhorou muito, começou a fluir e os touchdowns aconteceram, mas o time da casa, como sempre, acabou derrotado. Na saída, nada de confusão, pois não existe uma rivalidade local, como acontece no Brasil. Vi vários torcedores com a camisa do time visitante, infiltrados no meio da torcida, sem necessidade de local especial para visitantes, ou uma carga de ingresso menor para eles. Pelo visto, ainda precisamos aprender muito com os Americanos.

Por Eduardo Barros





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