23/01/2013

DESAFIOS DO NAMING RIGHTS


 Uma das expressões da moda no mundo dos negócios esportivos são os famosos Naming Right que podem render muito capital para as arenas, mas também podem ser um dos grandes fiascos brasileiros na gestão de arenas esportivas.
Vender o nome e diversos benefícios dentro do empreendimento para uma grande empresa não parece tarefa difícil, haja visto os exemplos norte americano e europeu no qual encontramos na NBA quase todas as arenas com este tipo de operação realizada. Como podemos observar no site League of Fans muitas vezes antes mesmo da “casa” estar de portas abertas, fato que não aconteceu até o presente momento em nenhuma de nossas 14 novas arenas (12 da copa, grêmio e palmeiras) o estádio já está batizado com o nome da patrocinadora.

Todavia alguns fatores podem dificultar e muito a negociação e conclusão desta modalidade de negócios no Brasil, por exemplo, teremos pelo menos 14 nomes a venda praticamente ao mesmo tempo, o que por si só já satura o mercado antes mesmo do seu nascimento. Além disso, por ser uma cultura que ainda não se sabe ao certo o valor e a aceitação do público, corremos o risco do produto não vingar e por este motivo creio que alguns investidores podem recuar na aquisição desta propriedade comercial. Some-se a isso a dificuldade imposta pelos meios de comunicação do Brasil, que dificultam e muito a divulgação do patrocinador, além do exemplo deixado pela parceria entre Arena da Baixada (Atlético PR) e a Kyocera, onde o contrato não foi avante.

Mas caso esses obstáculos forem contornados podemos abrir espaço para uma excelente fonte de renda para as arenas, basta olhar para o mercado de maior sucesso e aplicar os cases de sucesso, adaptados a cultura local. Precisamos criar alternativas eficientes, não se limitando a simples venda, e, sim criar ações complementares que permitam segurança ao patrocinador que irá investir. Também temos que elaborar um eficiente plano de comunicação e vantagens para fixar no público em geral o novo nome da arena. É importante que este plano deva alcançar o interior da arena, meios de comunicação, bares, restaurantes e ruas em geral. Fechando este círculo com certeza o mercado irá “bombar” e definitivamente estaremos entrando em uma nova era que o brasileiro tanto aguarda.

* Por Mario Bini

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