Uma das expressões da moda no
mundo dos negócios esportivos são os famosos Naming Right que podem render
muito capital para as arenas, mas também podem ser um dos grandes fiascos
brasileiros na gestão de arenas esportivas.
Vender o nome e diversos
benefícios dentro do empreendimento para uma grande empresa não parece tarefa
difícil, haja visto os exemplos norte americano e europeu no qual encontramos
na NBA quase todas as arenas com este tipo de operação realizada. Como podemos
observar no site League of Fans muitas vezes antes mesmo da “casa” estar
de portas abertas, fato que não aconteceu até o presente momento em nenhuma de
nossas 14 novas arenas (12 da copa, grêmio e palmeiras) o estádio já está
batizado com o nome da patrocinadora.
Todavia alguns fatores podem
dificultar e muito a negociação e conclusão desta modalidade de negócios no
Brasil, por exemplo, teremos pelo menos 14 nomes a venda praticamente ao mesmo
tempo, o que por si só já satura o mercado antes mesmo do seu nascimento. Além
disso, por ser uma cultura que ainda não se sabe ao certo o valor e a aceitação
do público, corremos o risco do produto não vingar e por este motivo creio que
alguns investidores podem recuar na aquisição desta propriedade comercial. Some-se
a isso a dificuldade imposta pelos meios de comunicação do Brasil, que dificultam
e muito a divulgação do patrocinador, além do exemplo deixado pela parceria
entre Arena da Baixada (Atlético PR) e a Kyocera, onde o contrato não foi
avante.
Mas caso esses obstáculos forem contornados
podemos abrir espaço para uma excelente fonte de renda para as arenas, basta
olhar para o mercado de maior sucesso e aplicar os cases de sucesso, adaptados
a cultura local. Precisamos criar alternativas eficientes, não se limitando a
simples venda, e, sim criar ações complementares que
permitam segurança ao patrocinador que irá investir. Também temos que elaborar
um eficiente plano de comunicação e vantagens para fixar no público em geral o
novo nome da arena. É importante que este plano deva alcançar o interior da
arena, meios de comunicação, bares, restaurantes e ruas em geral. Fechando este
círculo com certeza o mercado irá “bombar” e definitivamente estaremos entrando
em uma nova era que o brasileiro tanto aguarda.
* Por Mario Bini
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