07/08/2012

JOGOS OLÍMPICOS PELAS TELAS DO MUNDO


A cada quatro anos os veículos de comunicação do mundo inteiro preparam novidades para atrair a atenção dos telespectadores, ouvintes e leitores ávidos por notícias do principal evento esportivo do planeta. Os Jogos Olímpicos se transformam em um grande palco, onde cada canal pode mostrar traços culturais e peculiaridades específicas na hora de transmitir uma notícia, que se fosse realizada em diferentes regiões, provavelmente não teriam tanto êxito.

Os russos, sempre muito sisudos, nesta edição olímpica optaram por realizar uma cobertura um pouco mais descontraída durante as transmissões ao vivo, uma antiga solicitação do seu público, que passou a ter acesso ao conteúdo de emissoras italianas e espanholas. Apesar de fugir completamente do padrão local, podemos dizer até que não se saíram mal ao final do jogo de basquete contra o Brasil, quando venceram a partida por um ponto nos segundos finais da partida e se não fosse o idioma complicado, poderíamos dizer que se tratava de um povo latino.



No Brasil os telespectadores não podem se queixar da falta de emoção dos locutores e comentaristas, que muitas vezes até exageram na dose e se deixam levar pela emoção. Nesse caso, a empolgação exacerbada, quando a vitória não chega, se torna em decepção aguda, que muitas vezes terminam em verdadeiros linchamentos públicos de atletas, que durante 3 anos e 11 meses, precisam conviver com a falta de apoio e visibilidade.

Entretanto neste quesito os jornalistas brasileiros não estão sozinhos. Mesmo que você não entenda italiano, vale a pena ver a insistência do repórter da terra da bota, que entrevistava a nadadora Federica Pellegrini, vencedora da medalha de ouro em Pequim, que tinha acabado de ser eliminada da competição. Mostrando uma frieza nada típica de uma italiana, a atleta chegou ao ponto de responder se ela já estava se habituando a perder competições. Nós que sempre cobramos bom senso e postura profissional dos competidores, também devemos pedir para que os entrevistadores também saibam lidar com o momento de lamentação da pessoa que está do outro lado do microfone e que se não tiver o profissionalismo similar a de Federica Pellegrini poderá receber uma resposta "atravessada". 


O jornal alemão Bild decidiu seguir por uma linha nada comum. Para entrar no clima olímpico os editores decidiram fazer a cobertura de uma briga na lama de atrizes pornôs em um clube de swing. A disputa, que teve ingressos custando €$ 50 (aproximadamente R$ 130,00),  foi organizada em três rounds de 6 minutos, que apontaram Xania Wet como a grande vencedora da medalha de ouro. 


Já os ingleses optaram por uma manter a tradição, para “variar”. Para mostrar o sentimento de paixão nacional que o atletismo desperta nos torcedores jamaicanos eles não abandonaram o típico o tom irônico na matéria. A reportagem mostra o desespero dos fãs de Bolt que se preparavam para assistir a final dos 100m do maior ídolo nacional da atualidade, quando um apagão obrigou os mesmos a optarem pelo velho radinho de pilha. O que importa é que a celebração da turma do reagee valeu como se fossem brasileiros levantando a taça de campeões mundiais de futebol. Vale a pena conferir e até dar risadas (típicas da terra da rainha).


* Por Rodrigo Calvoso - Diretor de Comunicação 

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