Após as acachapantes goleadas
impostas pelos times alemães sobre os espanhóis na primeira rodada das semifinais
da Champions League, se faz necessário traçar um paralelo do renascimento do futebol
alemão com a construção ou reforma de suas arenas para a Copa do Mundo Fifa de 2006.
Após ficar um longo período sem
colocar nenhum representante entre os semifinalistas, mais precisamente entre
as temporadas 2002/2003 e 2008/2009, o futebol alemão tem nesta temporada a
possibilidade de ver uma final nacional na maior competição continental de clubes.
Foi realizada uma verdadeira
“operação de guerra” no País que envolveu o Poder Público, clubes e iniciativa
privada para que seus representantes voltassem a ocupar lugar de destaque no
Continente Europeu. O ponto alto desta empreitada foi a realização da Copa de
2006, que permitiu aos clubes ganharem novas arenas, e consequentemente novas
fontes de receitas.
Para ter uma ideia, em seu
balanço da temporada passada, o Bayern de Munique apresentou faturamento anual
de aproximadamente 373 milhões de euros, dos quais cerca de 40 milhões são
oriundos da Allianz Arena.
Não se pode também acreditar que
basta construir uma arena e seus problemas estarão resolvidos. É necessário se
realizar uma gestão eficiente de todas as fontes e recursos, e para isso se faz
primordial a contratação de profissionais de mercado, ou alguém acredita que
uma arena e clubes mal geridos irão obter lucro, maximizar receitas, e, desta
forma alavancar o crescimento econômico e esportivo dos mesmos?
Não é coincidência, os alemães
estão provando que a profissionalização no futebol se faz necessária, podendo
alcançar resultados fantásticos em curto e médio espaço de tempo. Neste processo,
condição vital é a aquisição de arenas próprias, ou alguém no mundo pode abrir mão
de 40 milhões de euros? Sem falar na relação com o torcedor que cada vez mais
estará identificado com o clube e sua casa!
*Por Mário Bini
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