25/04/2013

RENASCIMENTO ALEMÃO ATRAVÉS DAS NOVAS ARENAS


Após as acachapantes goleadas impostas pelos times alemães sobre os espanhóis na primeira rodada das semifinais da Champions League, se faz necessário traçar um paralelo do renascimento do futebol alemão com a construção ou reforma de suas arenas para a Copa do Mundo Fifa de 2006.

Após ficar um longo período sem colocar nenhum representante entre os semifinalistas, mais precisamente entre as temporadas 2002/2003 e 2008/2009, o futebol alemão tem nesta temporada a possibilidade de ver uma final nacional na maior competição continental de clubes.

Foi realizada uma verdadeira “operação de guerra” no País que envolveu o Poder Público, clubes e iniciativa privada para que seus representantes voltassem a ocupar lugar de destaque no Continente Europeu. O ponto alto desta empreitada foi a realização da Copa de 2006, que permitiu aos clubes ganharem novas arenas, e consequentemente novas fontes de receitas.


Para ter uma ideia, em seu balanço da temporada passada, o Bayern de Munique apresentou faturamento anual de aproximadamente 373 milhões de euros, dos quais cerca de 40 milhões são oriundos da Allianz Arena.

Não se pode também acreditar que basta construir uma arena e seus problemas estarão resolvidos. É necessário se realizar uma gestão eficiente de todas as fontes e recursos, e para isso se faz primordial a contratação de profissionais de mercado, ou alguém acredita que uma arena e clubes mal geridos irão obter lucro, maximizar receitas, e, desta forma alavancar o crescimento econômico e esportivo dos mesmos?

Não é coincidência, os alemães estão provando que a profissionalização no futebol se faz necessária, podendo alcançar resultados fantásticos em curto e médio espaço de tempo. Neste processo, condição vital é a aquisição de arenas próprias, ou alguém no mundo pode abrir mão de 40 milhões de euros? Sem falar na relação com o torcedor que cada vez mais estará identificado com o clube e sua casa!


*Por Mário Bini

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